Política

Pacheco se une ao governo em crítica a juros e discute solução sustentável

28 mar 2023, 21:18 - atualizado em 28 mar 2023, 21:18
Rodrigo Pacheco
“Também ressaltei ao presidente Lula que daremos celeridade devida ao arcabouço fiscal”, acrescentou Pacheco (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), engrossou o coro de críticas do governo ao atual patamar da taxa de juros e defendeu, em conversa com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta terça-feira, a busca de alternativas para uma redução sustentável da taxa o quanto antes.

“Houve o reconhecimento mútuo de que a taxa de juros no Brasil está muito alta e afirmei ao presidente a importância de encontrarmos caminhos sustentáveis para a redução da taxa o mais rápido possível”, afirmou o presidente do Senado em nota à imprensa sobre o encontro desta terça.

Na semana passada, o Comitê de Política Monetária (Copom) manteve a Selic (a taxa básica de juros) em 13,75% ao ano. Além disso, publicou um comunicado considerado duro — ou hawkish, no jargão do mercado — deixando pouco espaço, na opinião de analistas, para cortes de juros no curto prazo.

Na manhã desta terça-feira, o BC publicou a ata do encontro, que reforçou as ideias contidas no comunicado.

“Também ressaltei ao presidente Lula que daremos celeridade devida ao arcabouço fiscal”, acrescentou Pacheco.

Mais cedo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que irá discutir na quarta-feira, em uma reunião “conclusiva”, o novo arcabouço fiscal com o ministro da Casa Civil, Rui Costa.

Sobre o impasse em torno das MPs — Pacheco e Lira protagonizam uma queda de braço sobre regras de tramitação de medidas provisórias –, o presidente do Senado afirmou que na conversa de mais de duas horas com Lula disse a ele “que estamos trabalhando no encaminhamento da busca de um consenso”.