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Ouro supera bitcoin (BTC) no trimestre: veja como investir nestas criptomoedas que acompanham o preço do metal precioso

01 abr 2025, 13:36 - atualizado em 01 abr 2025, 13:36
Enquanto o bitcoin (BTC) caiu cerca de 11%, o contrato mais líquido do ouro (GOLD11) saltou 10,95% no mesmo intervalo. (Imagem: Unsplash/@wildbook)

O primeiro trimestre do ano ficou para trás e os investidores em criptomoedas perderam para o mercado tradicional no acumulado dos primeiros três meses de 2025. Enquanto o bitcoin (BTC) caiu cerca de 11%, o contrato mais líquido do ouro (GOLD11) saltou 10,95% no mesmo intervalo. 

E cada um deles teve esse desempenho pelo mesmo motivo: o cenário macroeconômico

Enquanto o “ouro digital” sofreu com a perspectiva de tarifaço do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, os investidores correram para o metal precioso com o aumento da aversão ao risco.

Seja como for, existe um ponto de contato entre o mercado de criptomoedas e os investimentos tradicionais: são as stablecoins lastreadas em ouro. 

Sendo criterioso, stablecoins são uma classe de moedas com lastro e, ainda que as mais populares sejam aquelas atreladas ao dólar, existem aquelas que tem outros fundos — como o próprio ouro. 

Entre as mais populares, estão a PAX Gold (PAXG), emitida pela empresa de tecnologia financeira Paxos, e a Tether Gold (XAUT), emitida pela Tether Holdings, a mesma emissora da stablecoin Tether (USDT), terceira maior moeda digital do mundo.

Somadas, o valor de mercado dessas moedas superam US$ 1,2 bilhão. 

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Investir em ouro no mundo das criptomoedas

Como o próprio nome já diz, essas moedas estáveis não sofrem oscilações típicas do mercado de criptomoedas por estarem atreladas ao preço do ouro — evidentemente, se o metal cai ou sobe, o token acompanha. 

E as duas maiores stablecoins em ouro do mundo, afirmam que possuem o equivalente a uma onça-troy (31,10 gramas) do metal precioso — que hoje vale cerca de US$ 3.144 — para cada token emitido.

Para garantir que possuem a quantidade de ouro necessária para emitir a criptomoeda, essas empresas passam constantemente por auditorias que confirmam a existência daquele metal em seus cofres.

No caso da Paxos, a empresa confirma a existência das reservas em ouro no último relatório da companhia. O mesmo acontece com a Tether Holdings e ambas são inspecionadas por auditorias independentes, com relatórios periódicos sobre os fundos.

E sim: você pode receber a sua barra de ouro se comprar com eles.

“Se você requisitar a entrega física do ouro para a TG Commodities Limited, a empresa providenciará seu trânsito seguro para o endereço de entrega na Suíça especificado por você”, diz uma publicação das perguntas mais frequentes da Tether Holdings. 

Além disso, diferentemente de outras formas de investimento, é possível comprar uma fração de ouro graças à tokenização deste ativo. Em outras palavras, não é preciso desembolsar os mais de US$ 3,1 mil para ter acesso a este tipo de investimento. 

Conheça seu emissor

William Ou, CEO da Token.com Brasil, alerta sobre os principais riscos de investir em stablecoins de ouro, destacando a importância de verificar a confiabilidade do emissor e a segurança das chaves privadas.

O colapso de uma série de criptomoedas — incluindo a TerraUSD (UST), uma “stablecoin algorítmica” — levou a uma série de questionamentos e críticas regulatórias sobre as stablecoins e seus lastros.

“Em primeiro lugar, saiba quem é o emissor daquela criptomoeda. Em segundo, se aquele emissor é confiável; e terceiro, como você irá guardar suas chaves privadas e proteger seus investimentos”, afirma o CEO da Token.com.

O executivo reconhece o histórico conturbado da iFinex — controladora da Tether Holdings e da exchange Bitfinex. Contudo, alguns problemas foram superados e, hoje, o Tether (USDT) é a terceira maior criptomoeda do mundo.

Por fim, o incentivo do presidente Donald Trump ao setor de stablecoins deve ajudar a dar mais clareza regulatória a este segmento.

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É editor-assistente do Money Times. Formado em jornalismo pela ECA-USP, estuda ciências econômicas na São Judas. Atuou como repórter no Seu Dinheiro, Editora Globo e SpaceMoney.
renan.sousa@moneytimes.com.br
É editor-assistente do Money Times. Formado em jornalismo pela ECA-USP, estuda ciências econômicas na São Judas. Atuou como repórter no Seu Dinheiro, Editora Globo e SpaceMoney.
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