Commodities

Ouro segue estável em meio a ameaças comerciais de Trump no G7

08 jun 2018, 12:17 - atualizado em 08 jun 2018, 12:17

Por Investing.com – A cotação do ouro estava pouco alterada no pregão da metade da manhã desta sexta-feira (8), já que investidores aguardam o início da cúpula do Grupo dos Sete enquanto assimilam uma rodada de ameaças comerciais do presidente dos EUA, Donald Trump.

Às 11h30, os contratos futuros de ouro com vencimento em agosto na divisão Comex da Bolsa Mercantil de Nova York avançavam US$ 0,40, ou 0,03% para US$ 1.303,40 a onça troy.

Em uma sessão sem grandes dados econômicos dos EUA, participantes do mercado irão se concentrar na reunião do G7, que começa nesta sexta-feira em Quebec. A recepção oficial dos líderes está marcada para as 12h45 em Quebec.

No entanto, Trump estava ocupado na manhã de sexta-feira fazendo ameaças comerciais aos outros seis membros do G7, estabelecendo um tom agressivo antes da reunião.

Já tendo acusado a França e o Canadá de cobrarem “tarifas massivas” dos EUA, ele tuitou que estava “ansioso para endireitar acordos comerciais injustos com os países do G7”.

Estabelecendo sua agenda para o futuro próximo, Trump prometeu que as conversações “se concentrariam principalmente no longo tempo em que a prática de comércio desleal foi realizada contra os Estados Unidos”.

Em uma entrevista coletiva antes de ir para Quebec, Trump renovou sua ameaça de se retirar do Tratado Norte-Americano de Livre Comércio se não houver um novo acordo.

Ainda nesta sexta-feira, Peter Altmaier, ministro alemão da Economia, pediu que a Europa permaneça unificada diante do aumento das tensões comerciais com os EUA, dizendo que não está claro como uma cúpula do Grupo dos Sete países ricos terminará.

Emmanuel Macron, presidente francês, comentou apenas que as tensões estavam aumentando e observou que a reunião do G7 será “exigente”.

Investidores também estarão de olho na cúpula de 12 de junho entre Trump e o líder coreano Kim Jong Un em Cingapura. O presidente norte-americano disse na quinta-feira que pode assinar um acordo para encerrar formalmente a Guerra da Coréia com o líder norte-coreano Kim Jong Un em sua reunião. Ele também levantou a possibilidade de mais tarde receber Kim na Casa Branca.

Embora Trump tenha dito que esperava “grande sucesso”, ele deixou claro que nada estava definido. Ele disse que o público poderá acompanhar o progresso das negociações através de sua linguagem, especificando que um retorno à “pressão máxima” indicaria um colapso nas negociações.

O resultado das tensões entre os dois países provavelmente teria um impacto direto sobre o metal precioso, considerado porto seguro.

Também na próxima semana, os participantes do mercado acompanharão de perto as decisões de política monetária tanto do Federal Reserve quanto do Banco Central Europeu.

Espera-se amplamente que o Fed aumente as taxas de juros em 25 pontos base e investidores irão observar se os decisores da instituição projetam um ou dois aumentos ainda este ano.

Taxas de juros mais altas tendem a pesar na demanda pelo ouro, que não rende juros, em favor de investimentos que possuem rendimentos.

Atenção especial também será dada à reunião do BCE. Embora os mercados não esperem nenhuma ação na reunião da semana que vem, o economista-chefe do BCE, Peter Praet, disse na quarta-feira que as autoridades estão cada vez mais confiantes de que a inflação está voltando à meta do banco e irão debater se começarão gradualmente a reduzir seu programa de compra de ativos.

As observações ajudaram a impulsionar o euro para a máxima de três semanas em relação ao dólar. A fraqueza correspondente no índice dólar, que mede a força da moeda em comparação com a cesta de seis principais divisas e que operou em baixa nas últimas quatro sessões, ajudava a sustentar a cotação do ouro uma vez que o metal precioso se tornava mais acessível aos detentores de moedas estrangeiras.

Quanto a outros metais, os contratos futuros da prata recuavam 0,1% para US$ 16,8000 a onça troy por volta das 11h31.

Os contratos futuros de paládio recuavam 0,3% para US$ 1.006,20 a onça, enquanto a platina avançava 0,5% para US$ 905,10.

Em metais de base, o cobre avançava 0,6% para US$ 3,296 a libra.

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