Ouro

Ouro recua mais de 1% em meio a disputa por ativos de segurança

05 ago 2024, 15:38 - atualizado em 05 ago 2024, 15:43
barras de ouro
O mercado opera no negativo após os temores de uma recessão nos Estados Unidos; ouro segue movimento de queda geral. (Imagem: Canva)

Em uma sessão marcada pela busca por ativos de segurança, o ouro encerrou as negociações em queda nesta segunda-feira (5). O metal caiu pela segunda sessão consecutiva em meio a disputa por iene e títulos do Tesouro dos Estados Unidos, os Treasuries.

O minério vai contra o seu movimento normal — de alta do dólar, rendimentos de Treasuries e recuo das bolsas internacionais.

Os contratos mais líquidos do ouro, com vencimento em dezembro, fecharam com baixa de 1,02%, a US$ 2.444,40 a onça-troy na Comex, divisão de metais de New York Mercantile Exchange (Nymex).

Com a baixa, o ouro se afastou das máximas históricas alcançada na semana passada.

Mais cedo, os preços do metal registraram queda de 2,27% a US$ 2.412,35 por onça-troy.

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O que mexeu com o ouro hoje?

A aversão ao risco dominou os mercados nesta segunda-feira (2) à medida que os investidores precificam uma possível recessão nos Estados Unidos e aumentam as expectativas por cortes mais robustos nos juros pelo Federal Reserve (Fed) em setembro. Em reação, as bolsas da Ásia e da Europa fecharam em forte queda.

Em consequência, os investidores migraram para ativos considerados mais seguros. Além do ouro, os rendimentos (yields) dos títulos norte-americanos também disputaram a busca por segurança e renovaram mínimas. Os yields do título do Tesouro de 10 anos chegaram a atingir o menor nível desde junho de 2023, a 3,666%.

O iene atingiu seus níveis mais altos em relação ao dólar desde janeiro, com os mercados ampliando os movimentos desencadeados na semana passada por dados fracos do mercado de trabalho dos Estados Unidos.

O movimento acontece em meio ao desmonte de ‘carry trade‘ –  em que o investidor toma recursos emprestados em países com juros mais baixos e aplica em países com taxas mais elevadas – após o Japão elevar os juros na última quarta-feira (31). Com isso, as posições de tomada de empréstimos são “zeradas” e deixam de ser atrativas.

A moeda japonesa deu um salto de 14% em relação ao dólar nas últimas três semanas, impulsionado em parte pelo aumento de 15 pontos-base na taxa do Banco do Japão na semana passada, para 0,25%, junto do anúncio de um plano para reduzir pela metade as compras mensais de títulos pela autoridade monetária japonesa nos próximos dois anos.

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Jornalista formada pela PUC-SP. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
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