Ouro pode bater recorde com riscos de eleições nos EUA, diz Citi
O ouro poderia bater recorde antes do fim do ano, impulsionado em parte pelos riscos em torno das eleições presidenciais nos Estados Unidos, segundo o Citigroup.
A incerteza sobre a disputa e atrasos sobre o resultado podem “ser subestimados pelos mercados de metais preciosos”, disseram analistas como Aakash Doshi em relatório trimestral para commodities. A previsão do banco implica aumento de mais de US$ 200 para os futuros do ouro em relação aos níveis atuais.
O ouro subiu para cotação recorde no mês passado em meio à corrida de investidores por ativos seguros durante a pandemia de coronavírus, mas os preços caíram desde então.
A perspectiva do Citi reflete a preocupação crescente de investidores sobre a batalha pela Casa Branca travada entre Donald Trump e Joe Biden. A disputa já complexa se complicou ainda mais com o plano de Trump de substituir rapidamente na Suprema Corte dos EUA a juíza Ruth Bader Ginsburg, que faleceu na sexta-feira.
A eleição “pode ser um catalisador extraordinário para o preço estável do ouro” e volatilidade no fim do quarto trimestre, embora historicamente não haja um padrão claro para a negociação de ouro ou volatilidade dos preços durante e após as eleições nos EUA, disse o Citi. “Esse é um dos motivos pelos quais esperamos que os preços do ouro atinjam novos recordes antes do fim do ano.”
Os preços mais ativos do ouro atingiram recorde de US$ 2.089,20 em 7 de agosto. Além das eleições, o Citi está muito otimista em relação ao ouro devido às baixas taxas de juros, dizendo que o metal está no meio de um ciclo altista.
As eleições presidenciais nos EUA serão realizadas em 3 de novembro.