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Ouro opera nas máximas com direito a recorde e mira a marca inédita de US$ 3 mil 

10 fev 2025, 12:55 - atualizado em 10 fev 2025, 15:43
ouro
O ouro tem forte alta com aumento das incertezas sobre a economia global, em meio ao anúncio de tarifas pelo presidente dos EUA (Imagem: Freepik/Wirestock)

O ouro começou a semana em alta e renovando recordes históricos, enquanto os investidores acompanham as novas medidas tarifárias dos Estados Unidos sobre vários países. 

Com o forte avanço, o metal precioso já opera próximo à marca de US$ 3 mil a onça-troy, nível até agora inédito. 

O contrato futuro da commodity mais negociado, com vencimento em abril, encerrou as negociações desta segunda-feira (10) com alta de 1,62%, a US$ 2.934,40 a onça-troy na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex). Durante a sessão, a commodity foi cotada a US$ 2.938,10, novo recorde histórico. 



No Brasil, o preço do ouro tem acompanhado essa tendência de alta. Em fevereiro de 2025, o preço médio foi de R$ 530,08 por grama, com um pico de R$ 535,40 por grama. Hoje, a commodity atingiu R$ 543 o grama já na abertura das negociações. 

A equipe de análise da Ourominas prevê que os preços do ouro podem ultrapassar o nível de US$ 3.000 por onça no curto prazo. 

Segundo o economista da Ourominas, Mauriciano Cavalcante, as políticas comerciais “mais agressivas” anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, têm elevado as tensões geopolíticas e, consequentemente, aumentando a demanda por ativos considerados “seguros” como o ouro — dada as incertezas sobre a economia global. 

No último domingo (9), Trump anunciou uma tarifa de 25% sobre as importações de aço e alumínio no território norte-americano. 

Na semana anterior, o presidente dos EUA impôs uma taxa de 10% sobre os produtos chineses. Em contrapartida, o país liderado por Ji Xinping adotou a taxa adicional de 15% sobre as exportações norte-americanas de carvão e o gás natural (GNL) e de 10% sobre petróleo bruto, equipamentos agrícolas e alguns caminhões como uma medida retaliatória. 

Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.