Ouro

Ouro renova máxima histórica em meio à fraqueza do dólar e apostas de cortes nos juros dos EUA

20 ago 2024, 13:17 - atualizado em 20 ago 2024, 17:38
barras de ouro
(Imagem: Canva)

Em uma sessão marcada por volatilidade e deterioração do sentimento de risco nos mercados internacionais, o ouro renovou a máxima histórica intradia nesta terça-feira (20) e caminha para fechar em alta pela quarta sessão consecutiva.

Os contratos mais líquidos do ouro, com vencimento em dezembro, atingiram US$ 2.570,40 a onça-troy na Comex, divisão de metais de New York Mercantile Exchange (Nymex), por volta de 11h30 (horário de Brasília).

O metal precioso encerrou a sessão com alta de 0,36%, aos 2.550,60 a onça-troy.

O ‘hedge’ vem renovando recordes desde a semana passada. Na última sexta-feira (16), o ouro superou os US$ 2.500 a onça-troy pela primeira vez. Com a cotação, as barras de ouro passaram a valer mais de US$ 1 milhão, patamar não alcançado até então.

Isso porque cada barra de ouro pesa, aproximadamente, 400 onças — o equivalente a de 11 kg.

Já ontem (19), o metal precioso chegou a ser cotado a US$ 2.549,90 a onça-troy durante a sessão.

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O que mexeu com o ouro hoje?

O ouro tem avançado à medida que o dólar perde força no cenário internacional, com as apostas de cortes nos juros nos Estados Unidos pelo Federal Reserve (Fed) em setembro.

Os traders estão precificando uma chance de 73,5% de o Fed cortar as taxas de juros em 25 pontos-base na próxima reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), o que levaria os juros ao intervalo de 5,00% a 5,25% ao ano, de acordo com a ferramenta FedWatch do CME Group.

Em reação, o índice DXY, que compara a moeda norte-americana a uma cesta de seis divisas globais, opera na mínima de sete meses.

Isso porque quanto mais o Banco Central dos Estados Unidos reduzir os juros, pior para o dólar, que se torna comparativamente menos atraente em relação a outros países — que tenham juros mais elevados. O que também torna o ouro mais atraente para detentores de outras moedas.

Além disso, o mercado aguarda a ata da mais recente reunião do Fed, que deve ser divulgada nesta quarta-feira (21).

No radar ainda está o Simpósio de Política Econômica de Jackson Hole — um encontro anual de autoridades de bancos centrais, para obter mais sinais sobre a trajetória dos juros. O discurso mais esperado é o do presidente da autoridade monetária, Jerome Powell, na próxima sexta-feira (23).

*Com informações de Reuters 

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Jornalista formada pela PUC-SP. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
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