Ouro ilegal: Polícia federal faz operação contra quadrilha acusada de esquema de R$ 300 milhões
A Polícia Federal fez nesta quinta-feira (20) a operação Gold Rush, com objetivo de investigar um esquema responsável pelo comércio ilegal de ouro que teria movimentado mais de R$ 300 milhões em 20 estados.
Foram cumpridos 18 mandados de busca e apreensão nos estados do Amapá, Amazonas, Minas Gerais, Pará, Rondônia, Roraima e São Paulo. A Justiça ainda determinou o bloqueio de mais de R$ 118 milhões dos suspeitos.
A investigação teve início após policiais federais analisarem Relatório de Inteligência Financeira de um dos suspeitos – preso por tráfico de drogas – e terem identificado uma joalheria de fachada em Roraima, que teria movimentado mais de R$ 200 milhões ao longo de 5 anos.
A empresa seria utilizada para receber valores relativos à venda de ouro ilegal por envolvidos de outros estados e seria operada através de um laranja do líder do esquema.
O ouro comercializado teria origem em garimpos ilegais no estado de Roraima e no contrabando de minério que chegaria da Venezuela. No último caso, geralmente os suspeitos buscam simular uma origem lícita para o ouro como se o comprassem em pequenas quantidades de migrantes venezuelanos que chegam no Brasil em busca de melhores condição de vida.
Além de empresas de fachada, as investigações também identificaram negócios regulares que teriam feito movimentações suspeitas, como uma empresa que presta serviços de limpeza urbana, mas que teria depositado mais de R$ 3 milhões para o esquema.
Os principais crimes investigados são lavagem de dinheiro, contrabando, extração ilegal de recursos minerais e usurpação de bens da União. A soma das penas para estes crimes pode ultrapassar 20 anos de prisão, além de multa.
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