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Ouro cai mais de 2% em dia de pânico no mercado; veja

05 ago 2024, 10:00 - atualizado em 05 ago 2024, 10:00
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O mercado opera no negativo após os temores de uma recessão nos Estados Unidos; ouro segue movimento de queda geral. (Imagem: Freepik/Wirestock)

Os preços do ouro registram queda na manhã desta segunda-feira (5). Por volta das 09h50, o ouro com entrega em agosto recua 2,27% a US$ 2.412,35 por onça-troy.

O minério vai contra o seu movimento normal — de alta quando o dólar, rendimentos de Treasuries americanos e bolsas recuam. O mercado, em geral, opera no negativo após os temores de uma recessão nos Estados Unidos se intensificarem nos últimos dias.

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A avaliação geral é de que o Federal Reserve demorou demais para dar início ao seu afrouxamento monetário, colocando a economia em risco. O presidente do Fed, Jerome Powell, sinalizou que o banco central deve começar a cortar os juros em setembro.

William Castro Alves, estrategista-chefe da Avenue, destaca que pesam no cenário global a elevação das taxas de juros no Japão e a realização de lucros no setor de tecnologia.

“Vemos a reação do mercado como exagerada e repercutindo um receio de uma forte e/ou grave recessão a frente, a qual vemos como altamente incerta. Vale a ressalva que a economia americana já enfrentou 48 recessões em sua história e que a despeito dos momentos difíceis o dólar continuou sendo a principal moeda de reserva de valor global”, afirma.

Segundo Castro Alves, no curto prazo, as ações tendem a sofrer, ao passo que a queda nas curvas de juros tende a gerar um impacto positivo de marcação a mercado nos ativos de renda fixa.

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A bolsa de Nikkei, a maior do Japão, despencou 12% em sessão histórica. Trata-se da pior queda desde 1987, quando ocorreu a chamada ‘Sexta-feira negra’.

O pessimismo do mercado também atingiu as criptomoedas. O Bitcoin (BTC) registra quedas de mais de 15%, cotado a US$ 51.137. Trata-se do seu menor patamar desde fevereiro, quando estava rondando os US$ 49 mil.

Já o Ethereum (ETH) afunda quase 22%, operando a US$ 2.281. A segunda maior cripto do mercado registra o seu menor patamar desde janeiro e a maior queda desde maio de 2021.

Editora
Formada em Jornalismo pela PUC-SP, tem especialização em Jornalismo Internacional. Atua como editora no Money Times e já trabalhou nas redações do InfoMoney, Você S/A, Você RH, Olhar Digital e Editora Trip.
juliana.americo@moneytimes.com.br
Formada em Jornalismo pela PUC-SP, tem especialização em Jornalismo Internacional. Atua como editora no Money Times e já trabalhou nas redações do InfoMoney, Você S/A, Você RH, Olhar Digital e Editora Trip.