Internacional

Otan alerta que guerra na Ucrânia pode durar anos; batalha no leste continua

19 jun 2022, 14:58 - atualizado em 19 jun 2022, 15:33
Guerra na Ucrânia
(Imagem: REUTERS/Gleb Garanich)

A guerra na Ucrânia pode durar anos, afirmou o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, neste domingo, cobrando apoio constante dos aliados ucranianos no momento em que as forças russas lutam por território no leste do país.

Stoltenberg disse que fornecer armamentos de última geração às tropas ucranianas aumentaria as chances de liberar a região de Donbas, no leste, do controle russo, segundo o jornal alemão Bild am Sonntag.

Após não conseguir tomar a capital Kiev no começo da guerra, as forças russas concentraram seus esforços em tentar completar o controle de Donbas, que já tinha partes nas mãos de separatistas apoiados pela Rússia antes da invasão de 24 de fevereiro.

“Precisamos nos preparar para o fato de que pode levar anos. Não podemos desistir de apoiar a Ucrânia”, disse Stoltenberg, segundo o jornal. “Mesmo se os custos forem altos, não apenas em apoio militar, mas também na alta dos preços de energia e alimentos”.

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, que visitou Kiev na sexta-feira com uma proposta de treinamento às forças ucranianas, também disse no sábado que era importante que o Reino Unido desse apoio no longo prazo, alertando ao risco de haver “saturação da Ucrânia”, com a guerra se arrastando.

Em um artigo de opinião no jornal Sunday Times de Londres, Johnson disse que isso significava garantir que “a Ucrânia receba armas, equipamentos, munição e treinamento mais rapidamente do que o invasor”.

Um dos principais objetivos da ofensiva de Moscou para tomar o controle da região de Luhansk –uma das duas províncias que compõem Donbas– é a cidade industrial de Sievierodonetsk.

A Rússia afirmou neste domingo que o ataque na cidade estava avançando com sucesso.

O governador de Luhansk, Serhiy Gaidai, disse à televisão ucraniana que os combates tornavam a retirada de pessoas da cidade impossível, mas que “todas as alegações da Rússia de que controlam a cidade são mentira. Eles controlam a principal parte da cidade, mas não toda a cidade”.

A Rússia afirmou que lançou o que chama de “operação militar especial” para desarmar a sua vizinha e proteger pessoas que falam russo naquele país de nacionalistas perigosos. Kiev e seus aliados rejeitaram essa justificativa como um pretexto sem fundamento para uma guerra de agressão.

A Ucrânia recebeu encorajamento na sexta-feira quando a Comissão Europeia recomendou que tenha status de candidata, decisão que as nações da UE devem endossar em uma reunião na próxima semana.

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