Os vilões que fazem os produtos diminuírem de tamanho e ficarem mais caros
A sensação de procurar por um chocolate no supermercado e perceber que ele diminuiu de tamanho e ficou ainda mais caro tem se tornado cada vez mais comum. Este movimento feito pelas empresas é chamado de reduflação.
Segundo levantamento realizado pela Consultoria Horus, concedido ao G1, o chocolate diminuiu de 167,6 gramas para 143,7 gramas, enquanto o preço foi de R$ 15,85 para R$ 16,78. No entanto, o produto não foi o que mais sofreu reduflação nas gôndolas.
O primeiro lugar está com o sabão em pó que, no acumulado dos oito primeiros meses de 2023, teve seu tamanho reduzido a quase 10%, sendo cerca de 1,1 kg para 1kg. Já o preço passou de R$ 15,31 para R4 19,18, sendo um aumento de 23,3%.
Outros itens que sofreram redução foram os biscoitos que passaram de 206g para 202,2g custando 11,2% a mais; molho de tomate que teve redução de 8,1% na gramatura e um aumento de 8% no preço; e até o sabonete que ficou mais leve em 11% e mais caro em 13,8%.
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Para chegar a estes números o levantamento analisou 30 das principais categorias de produtos presentes na lista de compras do consumidor brasileiro.
O que faz os preços dos produtos subirem e os tamanhos diminuírem?
Os maiores “vilões” que fazem as empresas praticarem a reduflação são os eventuais aumentos nos preços dos combustíveis e algumas questões sazonais.
Em relação aos combustíveis, o aumento no preço faz com que o valor do transporte dos produtos fique mais caro, forçando as empresas a procurarem por alternativas para que o preço não seja repassado às gôndolas.
Portanto, as empresas reduzem o tamanho do produto para ser possível transportar uma maior quantidade de uma única vez.
Já as questões sazonais, principalmente relacionadas ao clima, podem ter grande impacto em diversos tipos de produtos que utilizam algum produto agrícola em sua produção.
O estudo exemplifica a produção dos biscoitos que sofreram com às tempestades registradas no Rio Grande do Sul que prejudicaram as lavouras de trigo. Cerca de 90% da colheita deste produto no Brasil vem desta região.