Petróleo

Os últimos otimistas? Opep crê em recuperação da demanda por petróleo ainda em 2022

13 set 2022, 13:15 - atualizado em 13 set 2022, 13:15
Opep
Opep eleva projeção de demanda para 2022 e mantém a de 2023 (Imagem: REUTERS/Dado Ruvic)

Na edição de setembro do relatório que publica mensalmente a Opep preferiu o copo meio cheio. O cartel dos países produtores e exportadores de petróleo acredita na recuperação da demanda global por petróleo ainda em 2022.

Segundo estimativa do cartel, a procura pela commodity crescerá 3,1 milhões de barris por dia (bpd) em 2022 e 2,7 milhões de bpd em 2023, projeção mantida em relação ao relatório em agosto. Com isso, a demanda global restaurará os níveis de consumo de 2019 em 2023.

O prospecto contemporiza a desaceleração econômica induzida pelo combate à inflação e o agravamento da crise energética na Europa. A organização acredita que, até o momento, as economias mais desenvolvidas estão se mostrando capazes de suportar o impacto dos apertos monetários executados ao redor do mundo.

A Opep e países aliados têm conseguido elevar consistentemente os níveis de produção do petróleo durante 2022, mas não no ritmo anunciado: subinvestimentos na capacidade produtiva de alguns dos países da aliança, mais cortes de produção vindos da Rússia dificultaram os objetivos do lado da oferta.

Relatório otimista, a realidade nem tanto

Apesar da projeção colorida da Opep, os mercados de petróleo foram pegos nesta terça-feira pela maré de pessimismo que se segue ao dado de inflação americana, ou mais diretamente, das consequências que ele tem para a ação do principal Banco Central do mundo.

Com um aumento de 0,1% registrados em agosto, o CPI concede licença para novos aumentos de juros e maior pressão de baixa sobre a economia americana, líder em consumo da commodity.

Por volta das 12h45, as referências Brent (internacional) e WTI (americana) operam em queda, respectivamente, de 1,81% e 1,10%.

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Estagiário
Jorge Fofano é estudante de jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da USP. No Money Times, cobre os mercados acionários internacionais e de petróleo.
jorge.fofano@moneytimes.com.br
Jorge Fofano é estudante de jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da USP. No Money Times, cobre os mercados acionários internacionais e de petróleo.
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