Os setores mais blindados às eleições no 2º turno, segundo a Benndorf
Para os investidores que buscam driblar a volatilidade das eleições até o segundo turno, os setores de energia, farmácias e alimentos & bebidas são os mais blindados ao período, de acordo com a corretora Benndorf.
Empresas com exposição ao exterior também são menos dependentes do cenário nacional, como as de carne bovina e de papel & celulose, destaca a corretora.
“As eleições naturalmente trazem maior volatilidade e, com isso, setores mais defensivos acabam estando mais blindados às eleições”, afirma o analista Niels Tahara.
O primeiro turno da presidencial foi acirrado, com 48,43% dos votos para Lula (PT) e 43,20% para Jair Bolsonaro (PL), levando para uma disputa o segundo turno — marcado para 30 de outubro.
A vantagem menor do que o esperado pelo mercado do petista sobre o candidato à reeleição conduziu uma reação positiva do Ibovespa (IBOV), que subia 5,43%, e do dólar, em queda de 4,43%, no pós-eleições.
Onde investir para proteger seu capital?
A fim de fugir da turbulência do período eleitoral, o setor de energia é historicamente resiliente, afirma Niels, da Benndorf.
O ramo possui receitas previsíveis e boa geração de caixa, tendendo a sofrer menos em períodos de maior volatilidade, explica.
Para o analista, a ação da Equatorial (EQTL3) é o destaque do setor, pois possui “sólido histórico de geração de valor através de aquisições e melhoria de eficiência”.
Já os segmentos de carne bovina e papel & celulose são menos dependentes das eleições, por terem exposição ao exterior. No entanto, é importante notar que ambos vêm sofrendo pelo cenário global abalado.
No setor de carne, a Benndorf tem preferência pela Minerva (BEEF3), por ter, na avaliação da corretora, vantagens competitivas relevantes com operações na América Latina, além da exposição ao sudeste Asiático, onde a demanda tem disparado.
A companhia também se beneficia de um melhor ciclo da carne bovina, dado a maior quantidade de gado disponível para a abate, o que deve melhorar as margens, segundo a Benndorf.
O ramo de alimentos & bebidas, além do atacarejo, também é “interessante”, por fazerem parte de um consumo essencial, o que traz uma característica mais defensiva para as companhias do setor, disse.
No atacarejo, Niels destaca o Grupo Mateus (GMAT3), que tem, em sua avaliação, sólido plano de expansão em cidades do interior do Norte e Nordeste, onde tem vantagens de escala e eficiência.
A companhia também tem uma operação de distribuição robusta, que permite se localizar em municípios onde não faz sentido para outras empresas nacionais, destaca o analista.
Outra posição setorial interessante, de acordo com a corretora, é a de farmácias.
“Além possuir uma tendência secular pela tendência de envelhecimento da população brasileira, também acaba fazendo parte de necessidades essenciais da população”, disse o analista.
O analista da Benndorf disse que gosta do papel da Panvel (PNVL3), que vem expandindo e possui exposição relevante em vendas digitais, além de estar negociando a um valuation atrativo, de acordo ainda com Niels.
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