Os riscos que o novo Copom pode trazer para o Brasil
Ontem mesmo, aqui nesta CompoundLetter, eu estava comemorando o início do ciclo de queda da taxa básica de juros no Brasil, e o quanto isso pode fazer bem para os preços das ações, sobretudo das small caps e micro caps, os papéis de menor capitalização da bolsa e que perderam até 46% do valor de mercado durante o ciclo de alta dos juros.
O conteúdo está aqui, mas segue uma recapitulação rápida: na semana passada, o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central reduziu a Selic de 13,75% para 13,25% ao ano, no primeiro movimento de queda desde 2020.
Como a inflação está controlada, outras reduções devem vir, o que deve levar o dinheiro dos investidores de volta para a renda variável, favorecendo o preço das ações. E como os papéis de menor capitalização foram os que mais sofreram no movimento de alta dos juros, devem ser também os que mais vão subir no movimento contrário. Essa é a lógica.
Mas o investidor na Bolsa não pode ter uma semana de paz. E ontem mesmo, no episódio do Market Makers, eu já voltei a ficar com a pulga atrás da orelha.
No programa, o André Raduan, gestor da Genoa, levantou uma questão que passou despercebida por muita gente, mais ocupada em comemorar a virada de mão do Banco Central.
“O que me preocupa um pouco é essa composição do Banco Central. A gente teve uma decisão dividida. Dois membros que votaram por uma queda de juros menor saem no final do ano e acho que isso causa alguma apreensão no mercado também. Quem vão ser os substitutos? Acho que é inegável que a gente está trabalhando para um Banco Central um pouquinho mais dovish”, diz Raduan.
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