Renda Fixa

Os melhores títulos para lucrar no 2º semestre com o corte da Selic

06 jul 2023, 17:01 - atualizado em 06 jul 2023, 17:01
Imposto de Renda
Mercado já precifica cortes da Selic (Imagem: Pexels)

Para o segundo semestre deste ano, o mercado já espera e precifica eventuais cortes na taxa Selic. A queda — que deve ser gradual, segundo especialistas — deve dar continuidade ao movimento de fechamento da curva de juros. Quem entra em cheque nesse cenário é a renda fixa.

Especialistas afirmam que, ainda assim, a renda fixa segue atrativa. “O investidor deve continuar seguindo a diversificação para os seus investimentos, uma porcentagem de ativos em renda fixa é sempre bom ter a fim de controlar a volatilidade da carteira”, avalia a chefe de alocação da Blackbird Investimentos, Marina Renosto.

Mas, além da diversificação, a atratividade desse tipo de investimento se dá pois os cortes graduais da Selic farão com que a taxa continue em um patamar ainda elevado por mais tempo. A expectativa do Relatório Focus, do Banco Central (BC), é que a taxa feche de 2023 em dois dígitos, a 12% ao ano. Para 2024, a expectativa é de 9,5%.

A planejadora financeira do C6 Bank, Larissa Frias, explica que a queda lenta dos juros se dá pelo fato de que o núcleo da inflação segue acima da meta e também deve desacelerar de forma gradual.

Onde investir com corte da Selic e queda da inflação?

O cenário de queda da inflação e da taxa Selic é propício para o investimento em ativos prefixados, uma vez que existe maior previsibilidade para um rendimento que ganhe do índice de preços, afirmam as especialistas.

No entanto, como o mercado já precifica a queda dos juros, o interessante é focar em títulos de médio e longo prazo. “Os papéis de curto prazo, de até dois anos, têm retornos próximos aos pós-fixados. Então, não tem tanta atratividade”, diz a planejadora financeira do C6.

A chefe de alocação da Blackbird, por sua vez, diz que, com o horizonte de médio e longo prazo, também pode ser o momento de encontrar boas oportunidades de taxas IPCA+, já que a inflação implícita está reduzida.

“O importante é sempre ter exposição à diferentes indexadores e bons emissores, para ter uma carteira vencedora no longo prazo, independente dos diferentes ciclos do mercado e da economia”, diz Renosto, da BlackBird.

Frias, do C6, ainda ressalta que, mais para frente, quando os juros estiverem baixos e o cenário na renda fixa mais aliviado, os fundos multimercado ganham atratividade, pois eleva a confiança para entrar em investimento com risco/retorno mais elevado.

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