Os impactos da desaceleração da inflação nos fundos imobiliários
O índice de fundos imobiliários (Ifix) da B3 voltou a subir no pregão desta quarta-feira (7), véspera de feriado doméstico. Ainda assim, o Ifix segue nas máximas desde fevereiro de 2020.
Com isso, o índice de FIIs fechou em alta de 0,16% (após ajustes), aos 3.039 pontos. O dia foi marcado por um alto volume de negócios, acima de R$ 253 milhões, e também pela divulgação da inflação oficial do país (IPCA).
Entre os fundos imobiliários listados no Ifix, pela segunda vez seguida, o Pátria Logística (PATL11) registrou a maior alta do dia, hoje de 4,08%.
Em contrapartida, o Hedge TOP Fundos de Fundos II (HFOF11) exibiu a maior queda, de 1,67%.
Fundos imobiliários e a inflação
O IPCA subiu 0,23% em maio, desacelerando-se em relação a alta de 0,61% registrada em abril. No acumulado em 12 meses até o mês passado, o indicador subiu 3,94%, ante resultado positivo de 4,18% no mês anterior.
“O arrefecimento das taxas futuras de juros, como observamos nas últimas semanas, é um ponto muito favorável. E os fundos de tijolo são inversamente correlacionados à curva de juros“, comenta o analista de real estate da Empiricus Reseach, Caio Nabuco de Araujo.
Sendo assim, segundo ele, quanto maior a queda de juros, maior a precificação dos fundos imobiliários. “E isso pega os fundos de tijolo na veia”, diz. Ele acrescenta que o IPCA ter vindo abaixo das estimativas traz a leitura de que o Banco Central (BC) pode cortar juros de forma mais acelerada do que a esperada.
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Veja a análise completa do analista da Empiricus Reseach sobre o impacto da inflação de maio nos FIIs.
Custo da construção civil segue pressionado
O Índice Nacional da Construção Civil (INCC) acelerou em maio para +0,36%, de +0,27% em abril. Segundo o IBGE, nos últimos 12 meses até o mês passado, o indicador avançou 6,13%, abaixo da alta de 8,05% vista no acumulado até abril.
O custo nacional da construção civil, por metro quadrado, saiu de R$ 1.693,67 em abril para R$ 1.699,79 em maio. Do total, R$ 1.004,40 foram relativos aos materiais e R$ 695,39 à mão de obra. O item mão de obra puxa as altas tanto no ano quanto nos últimos 12 meses.
No mês passado, a região Sudeste exibiu a maior alta do INCC, de 0,59%, em meio à na parcela dos profissionais da construção civil em São Paulo. Por outro lado, o Centro-Oeste teve a menor taxa, de +0,13%.