Os fatores que levam o dólar de volta à casa dos R$ 5; veja a cotação
O dólar rompeu a barreira dos R$ 5 na sessão desta quarta-feira (27). O movimento foi impulsionado pela percepção de que o Federal Reserve (Fed) vai demorar mais tempo para abaixar os juros, avalia do sócio-diretor da Pronto Investimentos, Vanei Nagem.
Na semana passada, o Fed optou pela manutenção da taxa de juros de referência, mas deixou porta aberta para nova alta em novembro.
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Os membros do Banco Central norte-americano ainda elevaram as projeções para o patamar dos juros em 2024 — para 5,4%.
Dólar está em tendência de alta?
O sócio-diretor da Pronto Investimentos afirma que o dólar não entrou em tendência de alta. Trata-se de um movimento de correção em relação aos pares, visto que teve forte depreciação no começo do ano. “É só um momento”, diz Nagem.
O economista André Perfeito, por sua vez, afirma que moeda norte-americana deve ficar no patamar de R$ 5 até o final de 2023.
Perfeito explica que “se os juros curtos nos EUA não vão cair, se o juros longos dos EUA vão continuar pressionados e se, por aqui, a perspectiva é de queda da Selic até 9% a ‘conta erro’ será um dólar mais forte”.
Apesar disso, ele diz que, se mercado norte-americano se realizar de maneira relevante nos próximos meses, junto com uma crise econômica, será precificada uma queda dos juros o ano que vem. “Se a crise for séria como se imagina, o Fed não irá poder fingir que não tem nada acontecendo e deve sinalizar cortes em 2024”, diz.
Assim, o real pode voltar a se apreciar no ano que vem. Para isso acontecer, “o mercado e a economia norte-americana tem que ‘sofrer’ antes”, avalia o economista.