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Os dois bancos que fizeram Gerdau (GGBR4) derreter quase 8% nesta quinta

09 fev 2023, 21:03 - atualizado em 09 fev 2023, 21:03
Gerdau
Gerdau foi o destaque negativo do Ibovespa nesta quinta-feira (9) (Imagem: REUTERS/David McNew)

As ações da Gerdau (GGBR4) derreteram 7,93% nesta quinta-feira (9) e levaram junto os papéis da sua holding controladora Metalúrgica Gerdau (GOAU4), que caíram 7,8% no pregão.

O setor de mineração e siderurgia operou em baixa, apesar da recuperação nos preços do minério de ferro na China, com o sentimento dos mercados em relação à economia chinesa melhorando antes da divulgação de dados importantes de empréstimos no país.

Gerdau foi o destaque negativo do Ibovespa hoje. Dois bancos gringos estão por trás do movimento: JPMorgan e Goldman Sachs.

Ambas as instituições rebaixaram a recomendação da empresa siderúrgica para “neutro”, após o rali das ações, que aproveitaram a recuperação robusta e rápida do minério de ferro nos últimos meses.

Segundo o JPMorgan, após aproveitar um ambiente propício para fortes resultados nos anos passados, a Gerdau deve entrar em uma fase de normalização em 2023.

Além disso, acrescenta o banco, a valorização recente deixa um potencial de alta limitado para as ações, atualmente negociadas a 4-4,8 vezes EV/Ebitda (valor da empresa sobre Ebitda) para 2023/24, ante níveis justos de 4,5-5 vezes.

“Acreditamos que existe um upside limitado para os preços atuais e, conforme o momento dos resultados piora, os preços da ação devem acompanhar”, avaliam Rodolfo Angele e Lucas Yang, que assinam o relatório enviado a clientes nesta quinta.

Ainda, Angele e Yang desenham um cenário de maior pressão no fluxo de caixa para a Gerdau, considerando um aumento de capex (investimentos) por conta da potencial reforma da usina de Ouro Branco.

Além de rebaixar Gerdau, o JPMorgan cortou a recomendação da Metalúrgica Gerdau também para “neutro”. Os preços-alvo para o fim de 2023 são de R$ 32,50 (GGBR4) e R$ 13 (GOAU4).

A visão de Goldman Sachs

Para o Goldman Sachs, a questão que mais preocupa é o retorno de caixa aos acionistas, que deve ser limitado pela combinação de uma rentabilidade menor nos mercados core da Gerdau (Estados Unidos e Brasil) com o aumento do capex.

Como o JPMorgan, o Goldman Sachs acredita que existe pouco potencial de valorização dos papéis após a alta recente.

“Ainda reconhecemos os interessantes gatilhos de valor no longo prazo (diversificação geográfica, qualidade do ativo e forte posição de balanço patrimonial), mas vemos potencial de upside limitado daqui para frente”, afirmam os analistas Marcio Farid, Gabriel Simoes e Henrique Marques, em relatório desta quarta (8).

Na avaliação do Goldman Sachs, a relação risco-retorno parece mais balanceada.

Além de rebaixar a recomendação, o Goldman Sachs cortou o preço-alvo de R$ 38 para R$ 31, refletindo expectativa de maior capex e tendência de desaceleração para as margens na América do Norte.

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Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
diana.cheng@moneytimes.com.br
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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