Os desafios e soluções para as buscas sem cliques no Google
Você já fez alguma pesquisa no Google e, assim que clicou no botão “buscar”, a resposta apareceu na própria página de buscas? É bem provável que sim. Em SEO, chamamos essa ação — ou a falta dela — de zero cliques.
Isso acontece porque muitas pessoas utilizam os pesquisadores digitais como uma espécie de dicionário. Se um usuário pesquisar a idade do Cristiano Ronaldo, por exemplo, ele não precisará clicar em um link externo para obter a resposta desejada, pois ela aparecerá na própria página do Google.
E esses comportamentos não são isolados. De acordo com uma pesquisa produzida pela Semrush, mais de 50% das pessoas que fazem suas buscas nas páginas de pesquisa não precisam de um direcionamento externo, seja ele orgânico ou pago, para ter suas dúvidas esclarecidas.
O dado inclui três ações dos usuários: 1. zero cliques (nenhuma ação), 2. cliques do Google (ações que alteram a URL, mas mantêm o usuário na página de pesquisas como clicar em ferramentas de imagens ou na opção “as pessoas também perguntam”) e 3. as alterações das palavras-chave (a redefinição da pesquisa em si).
Ao mesmo tempo que o fenômeno ressalta a eficiência de como a SERP é visualmente construída, ele também pode assustar os especialistas de marketing e sites que precisam do tráfego de usuários para garantir seus faturamentos.
Ainda assim, vale a pena destacar que o maior percentual geral continua sempre sendo o resultado orgânico. Sim, 45% dos usuários clicam em um resultado orgânico.
Afinal, o Google é amigo ou inimigo?
Antes de se virar contra as páginas de busca, é preciso se perguntar: o Google está fornecendo uma experiência com menos cliques para desviar o tráfego dos sites ou está fazendo isso porque é o que os usuários desejam?
Mesmo com a falta de cliques pela eficiência dos buscadores virtuais, o fato é que inúmeros usuários pesquisam na plataforma, sendo ela o maior palco para quem deseja visibilidade no mundo digital.
Dito isso, os especialistas não devem se perguntar “como fazer as pessoas clicarem no seu link”, mas olhar para o comportamento desses usuários e fazer a pergunta inversa: “o que faz as pessoas clicarem em um link?”. Os conteúdos precisam ser criados a partir disso e não o contrário.
Ainda segundo o estudo, mais de 60% dos usuários demoram menos de 15 segundos para fazer alguma ação na página. Isso mostra que as pessoas não gastam muito tempo analisando os resultados, mas tomam decisões rápidas para alcançarem seus objetivos quanto antes.
Os empreendedores devem utilizar a mesma estratégia do Google e analisar o comportamento dessas pesquisas e o desejo dos usuários. Quais buscas estão relacionadas com suas estratégias? Quais palavras-chave estão sendo utilizadas? Se muitos usuários estão clicando na ferramenta “as pessoas também perguntam”, estude essas dúvidas e crie respostas para elas.
Outro ponto de atenção é que 10% dos usuários refinaram suas buscas, passando de uma SERP para outra dentro do próprio Google. Isso é bastante significativo, pois mostra que a jornada de um usuário em direção ao seu destino pode ser mais complexa do que se pensa.
Seja o usuário buscando um formato diferente ou um maior refinamento após sua primeira pesquisa, o Google facilita os próximos passos na sua jornada com diversos pontos de acesso. É uma indicação clara de que a pesquisa está constantemente se adaptando às necessidades e comportamentos do usuário, tornando o fenômeno das pesquisas sem clique tão fascinante.