Os desafios do transporte e fretes marítimos para 2023
Sob a ótica do transporte marítimo, entramos o ano de 2023, com fretes marítimos bem abaixo do observado nos últimos dois anos, mesmo que ainda acima dos níveis registrados em 2019, antes da pandemia da Covid-19.
Em relação aos armadores internacionais, os vigorosos resultados financeiros nos últimos anos representaram uma verdadeira avalanche aos estaleiros para encomendar novos navios, mas, a partir de então, houve uma parada.
A demanda de produtos tem se restringido e decresceu a demanda de serviços internacionais.
Segundo a Alphaliner, em 2023, entrarão em operação 343 navios com capacidade para transportar 2,3 milhões de TEU‘s, representando um incremento de oferta de capacidade de 8,1%, mas a demanda global crescerá tão somente em torno de 2,7%, gerando um descompasso entre a oferta e a demanda.
Ao todo há cerca de 917 navios (7 milhões de TEU‘s) encomendados, equivalentes a 27,4% da frota nacional em operação.
As empresas marítimas estão preocupadas com as melhores práticas ESG certamente, com interesse em atender menores níveis de emissões, aumentar eficiência energética, enfim, enfrentar a pegada de carbono de seus fornecedores de frete marítimo.
Outro item que merecerá a devida atenção para a agenda 2023 é a verticalização e a expansão da presença dos armadores na cadeia logística com serviços integrados, como por exemplo, a entrada no transporte aéreo.
Os processos de automatização e digitalização com o 5G continuarão em ritmo acelerado.
Segundo relatórios do Banco Mundial e da Associação Internacional de Portos e Terminais, concluiu que a colaboração digital entre entidades públicas e privadas em toda a cadeia de suprimentos marítimos, resultará ganhos significativos de eficiência e eficácia em suprimentos e segurança e, proteção ambiental.
Infelizmente, há um cartel dos armadores e isso prejudica o setor exportador e importador.
Além do mais, com a atuação deles no transporte aéreo, mais do que nunca as associações de exportadores e importadores devem judicializar o tema.
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