Os balanços do 4T24, o ‘frango’ para ter na carteira e mais; os destaques do Agro Times
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A segunda semana cheia de fevereiro contou com assuntos relevantes dentro do agro, entre eles, a visão dos analistas sobre o balanço da Jalles (JALL3), que registrou prejuízo no 3T25.
E o Bradesco (BBDC4) adquiriu 50% do Banco John Deere, que tem como foco os setores de agro e construção. Enquanto isso, uma pesquisa da Universidade da Flórida aponta que o brasileiro está disposto a pagar mais caro por carne bovina sustentável.
E durante essa semana, o BB Investimentos destacou o desempenho dos frigoríficos e enxerga uma ação com potencial de alta de 63%.
- Como tarifas recíprocas de Trump afetam o Brasil?Veja o que está mexendo com os mercados hoje no programa ao vivo do Money Times:
Os temas que mais se destacaram nesta semana
5º lugar –Raízen (RAIZ4): Para UBS, Cosan (CSAN3) não deve participar de injeção de capital
O UBS vê como pouco provável a participação da Cosan (CSAN3) em um injeção de capital na Raízen (RAIZ4), caso ela aconteça, haja visto que a holding encara seu próprio processo de desalavancagem (visando melhorar o índice de cobertura de juros para 1,5 – 2x do relatado no 3T24 de 1,2x).
“Prevemos que a holding seria diluída. Não está claro o formato de uma possível injeção de capital: ações preferenciais contra ações ordinárias, acima ou abaixo do preço atual das ações, quanto de desconto o mercado exigiria, mas esperamos diluição para investidores minoritários”, veem Matheus Enfeldt, Tasso Vasconcellos e Victor Modanese.
4º lugar – UBS BB corta preço-alvo da Cosan (CSAN3) em 35%, mas vê potencial de alta de 3 dígitos
O UBS BB divulgou um relatório atualizando estimativas para a Cosan (CSAN3). O banco decidiu cortar o preço-alvo da empresa para R$ 15, uma redução de cerca de 35% em relação ao anterior (R$ 23). Os analistas esperam resultados de 2024 inferiores aos de 2023.
As estimativas do banco mostram que a Cosan deve reportar um lucro líquido de R$ 641 milhões no consolidado de 2024, que representa uma queda de 43,7% em relação ao ano anterior. O Ebitda (lucros antes de juros, impostos, amortização e depreciação) deve cair 13%.
Top 3 do agro
3º lugar – Trump mira etanol do Brasil; entenda dinâmica com EUA e possíveis efeitos
O etanol do Brasil parece estar na mira dos Estados Unidos, entre os produtos que podem ser alvo de tarifas e medias por Donald Trump.
Os norte-americanos, há alguns anos, questionam as barreiras para entrada de etanol de milho dos EUA no Brasil, enquanto o biocombustível brasileiro, a partir da cana-de-açúcar, entra no por lá sem barreiras.
Um dos principais problemas vistos pelos estadunidenses fica por conta do imposto de 18% do Brasil para o país, que afeta os produtores do Meio-Oeste dos EUA, próximos a Trump.
2º lugar – JBSS3, MRFG3, BRFS3 e BEEF3: Os frigoríficos para ter na carteira antes do 4T24
A temporada de resultados dos frigoríficos do quarto trimestre de 2024 (4T24) deve seguir tendências de trimestres anteriores, com as empresas de aves ainda apresentando margens sólidas, segundo o BTG Pactual.
De acordo com os analistas da instituição, embora JBS (JBSS3) (via Seara e PPC) e BRF (BRFS3) ainda devam reportar resultados fortes, as margens devem cair sequencialmente, mesmo com o suporte de um câmbio mais favorável (o real se desvalorizou 5% em relação ao dólar no trimestre, em média).
1º lugar – Suzano (SUZB3) reporta prejuízo de R$ 6,437 bilhões no 4T24; entenda
A Suzano (SUZB3) divulgou seus resultados referentes ao quarto trimestre de 2024 (4T24).
A empresa registrou um prejuízo líquido de R$ 6,737 bilhões, contra lucro líquido de R$ 3,237 bilhões no 3T24 e de R$ 4,515 bilhões no 4T23.
“A variação negativa observada em relação ao 3T24 ocorreu em função da variação negativa no resultado financeiro, por sua vez explicada pelo impacto negativo da valorização cambial sobre a dívida e operações com derivativos (em contrapartida ao resultado positivo observado no trimestre anterior); além da elevação do CPV e SG&A”, explicaram em comunicado.