Mercados

Os 5 principais eventos econômicos desta semana

20 jan 2019, 20:21 - atualizado em 20 jan 2019, 20:21

Por Investing.com – A retórica comercial pode pairar sobre o mercado na próxima semana, com os investidores observando mais desenvolvimentos em torno da disputa comercial entre os EUA e a China.

As manchetes sobre o comércio foram positivas na semana passada, incluindo uma que os EUA estariam considerando reverter tarifas e outra que a China estaria oferecendo um aumento das importações americanas.

A semana que começa mais curta, devido ao feriado, também marca a primeira grande semana da temporada de lucros do quarto trimestre em Wall Street, com quase 60 empresas da S&P a se apresentar seus balanços corporativos.

Com relação a dados, os relatórios econômicos serão limitados devido à paralisação do governo. Os dados de bens duráveis regularmente agendados não estarão disponíveis, mas serão divulgados os dados de vendas de imóveis usados na terça-feira.

Os mercados norte-americanos permanecerão fechados nesta segunda-feira devido ao dia de Martin Luther King. Day.

Enquanto isso, a China será a primeira grande economia a divulgar dados de crescimento do quarto trimestre quando publicar seus números do PIB nesta semana, em meio a alertas de analistas de que a atual disputa comercial com os EUA provavelmente arraste a atividade econômica.

Com relação aos bancos centrais, os anúncios de política monetária do Banco Central Europeu e do Banco do Japão estarão na agenda, embora seja altamente improvável que eles dêem uma chacoalhada em termos de política monetária.

As manchetes políticas também estarão em foco enquanto os investidores observam os acontecimentos em torno da paralisação do governo americano, agora em seu 29º dia, e o plano para o Brexit da Primeira Ministra Britânica, Theresa May.

Outro destaque desta semana será o Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, que começa na terça-feira. O fórum não terá a presença do Presidente Donald Trump ou representantes de sua administração, como resultado da paralisação do governo. Theresa May e o presidente francês Emmanuel Macron também não estarão presentes.

Antes da próxima semana, a Investing.com compilou uma lista dos cinco maiores eventos do calendário econômico com maior probabilidade de afetar os mercados.

1. Otimismo no Comércio entre EUA-China

Os mercados também se manterão a par da briga comercial entre os EUA e a China para ver se alguma outra notícia se materializa em meio a sinais recentes de que as duas maiores economias do mundo estão trabalhando para resolver suas diferenças.

O presidente Donald Trump disse no sábado que houve progresso em relação a um acordo comercial com a China, mas negou que esteja considerando a possibilidade de suspender tarifas sobre as importações chinesas.

“As coisas estão indo muito bem com a China e com o comércio”, disse ele a repórteres na Casa Branca, acrescentando que ele viu algumas “notícias falsas” indicando que as tarifas sobre os produtos chineses seriam suspensas.

“Se fizermos um acordo, certamente não teremos sanções e, se não fizermos um acordo, teremos”, disse Trump.

Vice-premier chinês Liu Ele vai visitar os EUA nos dias 30 e 31 de janeiro para a próxima rodada de negociações comerciais com Washington.

Isso se segue as negociações em níveis menores realizadas em Pequim na semana passada para resolver a acirrada disputa entre as duas maiores economias do mundo até 2 de março, quando o governo Trump deve aumentar as tarifas de US$ 200 bilhões em produtos chineses.

2. Temporada de resultados do 4º tri em alta velocidade

Cerca de 60 empresas constituintes do S&P 500 deverão divulgar seus resultados financeiros nesta semana, inclui sete constituintes do Dow, na que será a segunda grande semana da temporada de resultados do quarto trimestre.

Na terça-feira veremos Johnson & Johnson (NYSE:JNJ), Halliburton (NYSE:HAL), Travelers (NYSE:TRV), e Steel Dynamics (NASDAQ:STLD) todas programadas para publicar os resultados pela manhã, enquanto a IBM (NYSE:IBM) deve fazê-lo após o encerramento junto com TD Ameritrade (NASDAQ:AMTD), e Capital One(NYSE:COF).

Na quarta-feira, Procter & Gamble (NYSE:PG), Comcast (NASDAQ:CMCSA), United Technologies (NYSE:UTX), Abbott Labs (NYSE:ABT), e Kimberly-Clark (NYSE:KMB) informam seu lucros nas horas de pré-mercado, enquanto Ford (NYSE:F), Texas Instruments (NASDAQ:TXN), United Rentals (NYSE:URI), Lam Research (NASDAQ:LRCX), e Las Vegas Sands (NYSE:LVS) publicarão os resultados à noite.

A American Airlines (NASDAQ:AAL), Southwest Airlines (NYSE:LUV), JetBlue Airways (NASDAQ:JBLU), Textron (NYSE:TXT), Freeport-McMoran (NYSE:FCX), e Bristol-Myers Squibb (NYSE:BMY) stão em pauta na manhã de quinta-feira. Após o fechamento, são esperados os resultados da Intel (NASDAQ:INTC), Starbucks (NASDAQ:SBUX), Western Digital (NASDAQ:WDC), E-TRADE (NASDAQ:ETFC), e Intuitive Surgical (NASDAQ:ISRG).

Finalmente, os resultados corporativos da AbbVie (NYSE:ABBV), NextEra Energy (NYSE:NEE) e DR Horton (NYSE:DHI) fecham a semana na sexta-feira.

3. PIB da China no 4º tri

A China deve divulgar os números do PIB do quarto trimestre na manhã de segunda-feira.

Espera-se que o relatório mostre que a segunda maior economia do mundo cresceu no trimestre de outubro a dezembro em relação ao mesmo período do ano anterior, desacelerando em relação ao ritmo de 6,5% registrado no trimestre anterior e se igualnado aos níveis vistos pela última vez em 2009 durante a crise financeira global.

A nação asiática também publicará dados sobre a produção industrial de dezembro, o investimento em ativos fixos e as vendas no varejo, juntamente com o relatório do PIB.

Dados recentes começaram a mostrar que a economia da China pode estar perdendo força, aumentando preocupações sobre as possíveis conseqüências da disputa comercial EUA-China.

Os EUA cobrou tarifas de mais de metade dos US$ 500 bilhões em importações chinesas, razão pela qual a China retaliou, depois que várias rodadas de negociações não conseguiram resolver as reclamações sobre as políticas industriais chinesas e falta de acesso ao mercado na China.

4. Reunião de política monetária do Banco Centra Europeu

É praticamente certo que o Banco Central Europeu manterá as taxas de juros em seus baixos níveis recordes atuais na conclusão de sua reunião de política monetária às 10h45 de quinta-feira.

Mario Draghi, presidente da instituição, participará de uma entrevista coletiva 45 minutos após o anúncio da taxa de juros que será observada de perto uma vez que investidores buscam mais indicações sobre quando o banco central planeja começar a elevar os custos de crédito.

Depois de encerrar seu programa de compra de ativos em sua reunião anterior em dezembro, os mercados esperavam que o BCE seguisse com um aumento da taxa no terceiro trimestre de 2019.

Mas uma enxurrada de dados fracos sugerindo que o crescimento diminuiu levou os investidores a reduzir as expectativas de um aumento da taxa até o quarto trimestre deste ano.

O calendário desta semana também apresenta pesquisas sobre o PMI de janeiro sobre a atividade do setor industrial e do setor de serviços, que devem dar alguma indicação de como a economia da região está lidando com conflitos comerciais globais e com as confusas negociações do Brexit.

5. Reunião de Política do Banco do Japão

É esperado que o Banco do Japão mantenha a política monetária inalterada em sua revisão de taxa de dois dias, que termina na quarta-feira, mantendo o compromisso de guiar as taxas de juros de curto prazo a menos 0,1% e e os rendimento de títulos de longo prazo do governo em torno de zero por cento

O banco também irá emitir um relatório trimestral analisando a economia do Japão, que incluirá novas previsões de crescimento e inflação até o ano fiscal que termina em março de 2021.

O governador do BoJ, Haruhiko Kuroda, fará uma coletiva de imprensa para discutir a decisão.

Segundo fontes familiarizadas com o pensamento do banco central, o BoJ deverá reduzir suas previsões de inflação para refletir as recentes quedas nos preços do petróleo, mas manter sua avaliação otimista de que a economia do Japão continuará se expandindo moderadamente.

– Reuters contribuiu com esta reportagem

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