Piores do ano: O motivo que levou fundos imobiliários a despencarem em 2023
Quatro fundos imobiliários dividiram o protagonismo por alguns pregões ao longo do ano e compartilham também os maiores tombos de 2023.
À véspera do último dia de negócios na B3, Tordesilhas EI (TORD11), Hectare CE (HCTR11), Versalhes Recebíveis (VSLH11) e Devant Recebíveis (DEVA11) formam o ‘G4’ dos fundos de maior desvalorização entre os listados no índice referência do setor (Ifix).
As perdas dos FIIs oscilam entre pouco mais de 50% e de mais de 70%.
A forte queda vem desde o começo do ano, momento em que houve uma crise de crédito e empresas foram impactadas. Veja o motivo que levou esses fundos a derreterem ao longo do ano.
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Os quatro piores fundos imobiliários de 2023
No início de março, a Forte Securitizadora (Fortesec) ficou inadimplente com o pagamento de juros e amortização de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) vencidos em 22 de fevereiro, o que levou TORD11, HCTR11, DEVA11 e VSLH11 a derreterem.
Dias depois, mais uma notícia envolvendo CRIs pegou em cheio esses fundos imobiliários. A Justiça do Rio Grande do Sul decidiu que a empresa do ramo imobiliário e de turismo Gramado Park (GPK) ficaria suspensa de pagar recebíveis à Fortesec por 60 dias.
Diante das dificuldades de arcar com as dívidas, a companhia entrou em recuperação judicial no meio do ano. A securitizadora era responsável pela emissão de CRIs da GPK.
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À época, o prejuízo atingiu pelo menos 500 mil cotistas e gerou prejuízos de mais de R$ 340 milhões. Além disso, os FIIs passaram por forte correção e investidores venderam suas cotas.
No entanto, em outubro, a Fortesec e a Gramado Parks chegaram a um acordo e renegociaram a dívida envolvendo os recebíveis, no valor de R$ 1,31 bilhão. Porém, não foi o suficiente para aliviar o estrago nas cotas desses quatro fundos de papel.
A renegociação representou 90,8% dos débitos da empresa com a securitizadora e envolveu os CRIs:
- Brasil Parques
- GPK
- Termas Resort
- Aquan Prime
- GVI
- GPK II
- Gramado BV
O fundo HCTR11 até aliviou as suas perdas nos últimos meses após elevar o valor pago pelo dividendo entre outubro e dezembro. Em outubro, o FII disparou e fechou o mês com o melhor desempenho (+22,5%).