Os 3 sinais negativos para Banco do Brasil (BBAS3), segundo Bradesco
A troca de governo não trouxe grandes impactos para o Banco do Brasil (BBAS3), que dispara mais de 30% neste ano, com um primeiro trimestre animador e dividendos ainda altos. Porém, o Bradesco BBI nota que a estatal dá sinais de que atingiu o seu pico de lucratividade.
Mesmo com o lucro de R$ 8,6 bilhões, elevação de 30% ante mesmo período do ano passado, a corretora destaca alguns aspectos negativos, como o resultado de intermediação financeira que caiu, devido principalmente ganhos mais fracos relacionados à marcação, “o que pode indicar que o banco pode ter atingido um ponto de inflexão de resultados no quarto trimestre”.
“Em segundo lugar, o índice de cobertura caiu significativamente para 203% (de quase 230% no 4T22), o que vemos como um potencial subprovisionamento no trimestre, especialmente porque a formação de cobertura do banco diminuiu para empréstimos individuais e corporativos”, diz.
Por fim, o BBI coloca que embora se tenha visto uma leve deterioração da inadimplência no trimestre, a deterioração corporativa pode ter começado, o que reforça a tese de um ambiente macroeconômico mais desafiador para 2023.
Melhor conjunto de resultado entre bancos
Para Pedro Leduc e equipe de analistas do Itaú BBA, o Banco do Brasil apresentou “o melhor conjunto de resultados em nossa cobertura de grandes bancos nesta temporada”.
Além disso, os resultados do banco no período confirmam a perspectiva positiva do BBA para o banco público ao longo do ano. Os analistas reiteraram a avaliação “outperform” para as ações, com um preço-alvo de R$ 48.
O BTG Pactual também enxerga o resultado final do BB como “o melhor bottom line” da sua cobertura no setor. O termo se refere à última linha do balanço, quando apresenta o lucro (ou prejuízo) no período.
Aliás, os analistas do BTG avaliam que o “primeiro trimestre sazonalmente fraco” sugere que o BB entregará ganhos próximos ao topo da faixa de guidance. Contudo, a “grande preferência” do BTG pelo banco sobre seus pares privados “não é a mesma do início do ano”, ressaltam.