Os 3 fatores que fazem o petróleo embalar o sexto dia de altas
Os mercados de petróleo celebram a sexta alta consecutiva, repercutindo recuo da inflação anual nos EUA e perspectivas de recuperação da demanda pela China.
Também concorre para o movimento de alta as novas sanções da União Europeia sobre o petróleo russo, que devem começar a valer a partir de fevereiro.
Por volta das 18h, o óleo cru e o Brent subiam, respectivamente, 1,12% e 1,56%. Dados os resultados do dia, o barril do tipo Brent volta a operar próximo dos US$ 84; já o WTI chega a US$ 78.
Sobe confiança em recuperação da demanda
A retração da inflação anual dos EUA para 6,5% esboçou a volta da confiança entre os investidores de que o Banco Central americano reduza o ritmo do aperto monetário daqui em diante, fator considerado essencial para o reaquecimento da economia do país.
Algum recuo também pode ser esperado pela prévia do CPI da zona do euro, com o acumulado anual saindo de 10,1% para 9,2%.
Na China, os mercados ainda continuam recebendo com positividade as medidas de estímulo engendradas pelo governo chinês para retomar o crescimento do país, principal importador de óleo cru do mundo.
União Europeia proíbe petróleo russo a partir de fevereiro
Além de um possível salto de demanda, os mercados da commodity monitoram novas restrições de oferta a serem colocadas pela União Europeia sobre o óleo cru exportado pela Rússia.
Com vigor a partir de 5 de fevereiro, mês em que a guerra da Ucrânia completa um ano, a medida dos países europeus visa o banimento completo da importação de produtores russos de petróleo dentro dos países-membros.
A decisão vem na esteira da estipulação de um ‘teto de preço’ em US$ 60 por barril sobre o petróleo russo transportado por vias marítimas. A sanção procurava diminuir a capacidade lucrativa da atividade petroleira russa, considerada chave para o financiamento do esforço militar de Moscou no país vizinho.