Os 10 fundos imobiliários que mais decepcionaram em 2022
Os fundos imobiliários tiveram momentos distintos em 2022, com o segundo semestre sendo mais penalizado com o período de deflação, eleições e o aumento das incertezas com o cenário fiscal para 2023 em meio ao novo governo.
Os fundos de tijolo, que se recuperam da crise da pandemia de covid-19, fecham o ano ainda mais machucados. Portanto, foram os que apresentaram as maiores quedas no acumulado de 2022. O fundo XP Properties (XPPR11) foi o que registrou o maior tombo no ano, de quase 50%.
O especialista em fundos imobiliários da Manchester Investimentos, Guilherme Palma, comenta que o XPPR11 tem imóveis em São Paulo e na grande São Paulo. Um deles um imóvel no Largo da Batata, que foi feito com uma estrutura de alavancagem.
Dividendos de fundo foram reduzidos
“O XP Properties pretendia alugar quase 60% do imóvel para a Amazon. Foi uma negociação que se arrastou por dois anos, mas a empresa americana desistiu de expandir a sede no Brasil. Com isso, o fundo começou a ter despesa com juros, perdeu receita da renda mínima garantida e a principal locação que iria fazer e não conseguiu”, explica.
Ele acrescenta que esses fatores levaram o XPPR11 a reduzir a distribuição de dividendos. “O mercado foi vendo o dividendo cair mês a mês e bateu no fundo. Além disso, ele está com uma vacância grande em Barueri [grande São Paulo]”, comenta.
10 fundos imobiliários que mais decepcionaram em 2022
Fundo | Ticker | Setor | Variação em 2022 |
---|---|---|---|
XP Properties | XPPR11 | Corporativo | -47,67% |
RBR Properties | RBRP11 | Corporativo | -29,92% |
XP Corporate Macae | XPCM11 | Corporativo | -27,99% |
Rec Renda Imobiliária | RECT11 | Corporativo | -20,19% |
Tordesilhas EI | TORD11 | Desenvolvimento | -16,72% |
XP Industrial | XPIN11 | Industrial | -16,02% |
BTG Pactual Corporate Office | BRCR11 | Corporativo | -14,91% |
Habitat II | HABT11 | CRI high yield | -13,18% |
Bluemacaw Logística | BLMG11 | Logística | -11,60% |
Vince Offices | VINO11 | Corporativo | -11,22% |