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Orizon (ORVR3): Não há sazonalidade no negócio do lixo, diz CEO; ação sobe quase 30% em 2024

28 ago 2024, 14:28 - atualizado em 28 ago 2024, 14:28
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A Orizon, que atua no setor de transformação de resíduos, conta com planos ousados no curto prazo para produção de biocombustíveis. (Foto: Divulgação)

O CEO Orizon (ORVR3), Milton Pilão Júnior, empresa do setor de resíduos, que produz fertilizantes e gera energia elétrica, além de atuar nas áreas de reciclagem e aterramento, falou sobre a atuação da companhia na descarbonização e na produção de biogás e biometano, durante a 25ª conferência anual do Santander.

Em 2024, a ação avançava 29,90% até 13h52 desta quarta-feira (28).

“Eu costumo dizer que os ecoparques (complexo de beneficiamento de resíduos) se tornaram fontes de geração de combustível, de energia renovável, de gás natural renovável, infinitas possibilidades dentro do centro de consumo. Isso porque a nossa matéria-prima é o resíduo. Diferente das outras indústrias, a gente transforma o resíduo gerado pela população, diariamente, no biocombustível”, explica.

A barreira para o setor de lixo fica por conta da logística, já que, segundo o CEO, os resíduos não viajam mais de 100 quilômetros, com a necessidade de que os ecoparques estejam instalados dentro dos campos de geração de resíduos ou próximos do centro de geração desses resíduos — cerca de 40 a 50 quilômetros.

“São áreas gigantescas licenciadas para ter uma vida útil enorme, vida útil de 40 a 50 anos, sendo um licenciamento super complexo, com o licenciamento do ecoparque para receber os resíduos como a maior barreira de entrada do nosso negócio, demorando de 8 a 10 anos no Brasil e de 10 a 12 nos EUA”.

O setor de lixo e a produção de biocombustíveis pela Orizon

Júnior ressalta que uma vez licenciado, o hub será basicamente monopolista, já que ele receberia todos os resíduos das regiões do seu entorno, estando próximo do centro consumidor e podendo implementar as tecnologias de transformação de resíduos em renováveis.

“Além dessas questões, não existe nenhum tipo de sazonalidade no nosso setor, já que o lixo é gerado 24 horas por dia e 365 dias por ano, ininterruptamente, independente de governo, crises ou questões como a Covid-19”.



Segundo ele, o Brasil gera em torno de 80 milhões de resíduos por ano, mas apenas 10 – 15 milhões são transformados em biocombustíveis. “A partir do momento que a indústria caminhar nesse caminho, com a Orizon sendo pioneira, temos capacidade, através das nossas plantas, impactar os mercados no curto prazo com gás natural renovável e biometano”, completa.

O CEO explica que o Brasil consome 70 – 100 milhões de m³ de gás natural por dia, com a produção do país girando em torno de 1,2 milhão de m³ por dia. Nos próximos 2 anos, a Orizon quer produzir 2 milhões de m³ por dia. “Vamos dobrar a oferta de gás natural renovável no Brasil. Tudo isso no curto prazo”.

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Repórter
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, também participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil e do Agro em Campo.
pasquale.salvo@moneytimes.com.br
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