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Orizon (ORVR3): 3 grandes conquistas fazem BTG elevar preço-alvo da ação em 26%

15 jan 2022, 14:58 - atualizado em 15 jan 2022, 14:58
Orizon B3
A Orizon encontrou algumas oportunidades de geração de valor desde a realização do seu IPO, afirma o BTG (Imagem: Cauê Diniz/Divulgação)

Desde a realização da sua oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), no início de 2021, a Orizon (ORVR3) encontrou algumas oportunidades de geração de valor no caminho, possibilitando melhores retornos de seus ativos e expansão do portfólio, destaca o BTG Pactual (BPAC11).

O banco manteve a recomendação de compra e elevou em 26,6% o preço-alvo da ação, de R$ 30 a R$ 38, após atualizar o modelo de investimento com base nas três principais conquistas da companhia no ano passado.

Em setembro, a Orizon conquistou um contrato de compra e venda de energia de 20 anos a R$ 549/MWh para sua usina de transformação de resíduos em Barueri (SP). Com previsão de início de operação em 2025, a usina será a primeira do gênero na América Latina. O BTG estima TIR (taxa interna de retorno) real de 25% para a unidade.

Em novembro, a companhia, junto com o fundo Jive, venceu o leilão dos aterros da Estre, com uma oferta de R$ 840 milhões. O BTG, que espera que a Orizon replique sua operação de gás/energia nos ativos adquiridos, estima preço final de aquisição da companhia em torno de R$ 600 milhões, implicando múltiplo EV/EBITDA (valor da empresa sobre Ebitda) entre 5-5,5 vezes.

“A transação deve ser concluída no primeiro trimestre de 2022 e, em nossos cálculos, tem uma TIR real de aproximadamente 20%”, acrescenta o banco.

Na semana passada, a Orizon anunciou a terceira grande conquista de 2021: a venda de 100% dos seus créditos de carbono gerados no ano (1,57 milhão de toneladas) por R$ 44 milhões. O contrato tem potencial de remuneração adicional de R$ 16 milhões, sujeita a determinadas condições.

“Antecipando melhores preços dos créditos de carbono após a COP-26, a Orizon manteve os créditos produzidos durante 2021 em estoque para serem vendidos em dezembro, e a estratégia deu certo”, afirma o BTG.

No modelo anterior, o banco supunha preço de US$ 2,30 a tonelada para os créditos de carbono da companhia (contra US$ 5 a tonelada pelo contrato).

No entanto, o valor gerado pelos preços mais altos dos créditos de carbono foi totalmente compensado por premissas mais conservadoras – margem Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) menor; postergação de aterros em Minas de Gerais e no Rio Grande do Sul; atraso de um a três anos na entrada em operação de novas UBMs (unidades de processamento de materiais) e UTMs (usinas de reciclagem); e menor receita líquida de consultoria ambiental – incorporadas no modelo.

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