Reforma da Previdência

Orientação dos partidos: 17 favoráveis e 6 contrários à reforma da Previdência

10 jul 2019, 19:55 - atualizado em 10 jul 2019, 19:55
O texto precisa ter o voto favorável de 308 deputados para ser aprovado em primeiro turno. Falta ainda analisar os destaques (Imagem: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

O painel do Plenário da Câmara dos Deputados indica o voto favorável de 17 partidos à reforma da Previdência (PEC 6/19). Seis partidos são contra o texto e 1 partido liberou a bancada. O painel já está aberto ao voto dos deputados, que vão decidir sobre a proposta.

O texto precisa ter o voto favorável de 308 deputados para ser aprovado em primeiro turno. Falta ainda analisar os destaques.

Indicaram o voto sim: PP, MDB, PTB, PSL, PL, PSD, PRB, PSDB, DEM, Patriota, Solidariedade, Podemos, Pros, PSC, Cidadania, Novo e Avante.

São contrários: PT, PSB, PDT, PSol, Rede e PCdoB.

O PV liberou a bancada.

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Discussão da reforma

Antes de iniciar a votação, os líderes dos 26 partidos que compõe a Câmara dos Deputados – além das representações de oposição, governo, Minoria e Maioria – usaram a tribuna para discutir a reforma.

O líder do Pros, deputado Toninho Wandscheer (PR), disse que a legenda não se alinha ao governo, mas adota uma posição reformista e vai votar a favor da proposta. “A reforma é necessária para que milhões de desempregados possam ter empregos”, destacou.

Outro líder favorável à reforma é o deputado Otoni de Paula (PSC-RJ). Ele acusou a esquerda de ser omissa em governos passados.

O líder do Cidadania, deputado Daniel Coelho (PE), também destacou que a bancada já defendia a necessidade da reforma da Previdência antes mesmo de ela ser encaminhada. “Não podemos continuar avançando em um processo em que estamos enterrando bilhões em um sistema de previdência deficitário”, disse. Para ele, os recursos economizados poderão ser investidos em saúde, educação e infraestrutura.

A líder da Minoria, deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), criticou o texto sob gritos de “reforma injusta”. “Não é a Previdência que tira o emprego, é a falta de políticas de investimento e de crédito, e um ministro da Economia que não se preocupa com a geração de empregos”, acusou.

Em nome da liderança do Novo, o deputado Vinicius Poit (SP), comemorou a votação do texto. “É um momento de vitória, de realização”, disse. Segundo ele, a reforma é o primeiro passo para as grandes mudanças: privatizações, eficiência no setor público e reforma tributária.

Já o líder da oposição, deputado Alessandro Molon (PSB-RJ), afirmou que é contrário ao texto que vai a voto. “A reforma olha apenas os números da Previdência, esquecendo-se das pessoas. E tem gente que não vai poder se aposentar se essa reforma passar”, disse.

A deputada Greyce Elias (Avante-MG) disse que o partido também é favorável ao texto. “Será o alicerce para a reconstrução do País.”

Em nome do PV, a deputada Leandre (PR) disse que o projeto que se vota hoje é diferente do apresentado, mas a bancada tem divergência e vai liberar os integrantes.

O líder do PSL, deputado Delegado Waldir (GO), celebrou a votação da reforma e fez homenagem ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia. Também agradeceu ao apoio das bancadas e das demais legendas favoráveis.