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Oportunidades no médio prazo, transição no etanol e a realidade do ‘sonho americano’ no Brasil; por dentro do Jalles Day

04 jul 2024, 15:58 - atualizado em 04 jul 2024, 15:58
jalles machado jall3
Durante o evento, as lideranças da Jalles Machado ressaltaram os planos de investimentos para o etanol de milho e o SAF (Foto: Divulgação)

A transição energética, biocombustíveis, oportunidade no mercado de açúcar e etanol, inovações no cultivo e sustentabilidade financeira estiveram no centro dos debates do “Jalles Day” desta quinta-feira (4), um evento da Jalles Machado (JALL3) para seus investidores.

Na abertura do evento, o CEO da companhia, Otávio Lage Filho, falou sobre como vê a cana-de-açúcar como um “poço de petróleo dentro da fazenda”, com um mar de oportunidades a serem exploradas.

No entanto, o executivo ressaltou que a produtora de açúcar e etanol olha com atenção para investimentos em: gás carbônico de fermentação, hidrogênio verde (H2V), amônia líquida para fertilizantes, biometano, etanol de milho e o SAF (combustível sustentável de aviação). “Estamos estudando investimentos em etanol de milho e buscando a certificação para o SAF”, ressaltou.

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Papel dos biocombustíveis na transição energética

Durante o painel “Transição Energética e o projeto do Combustível do Futuro: oportunidades para o setor sucroenergético”, Plinio Nastari, presidente da Datagro e conselheiro da companhia, ressaltou os quatro pilares do que ele chama de arcabouço legal para transição energética, entre eles:

  1. Programa Mover, que introduz o vetor ambiental no setor automotivo, levando em consideração toda emissão de carbono na constituição do veículo; 
  2. PL do Combustível do Futuro, que define regras para uma série de biocombustíveis, além da captura de CO2;
  3. Programa de Aceleração da Transição Energética (PATEN);
  4. Renovabio, programa que expande a produção de biocombustíveis no Brasil. 

“Estamos trabalhando para aumentar a mistura de etanol anidro na gasolina de 27% para 30%, que pode chegar até 35%. Os Estados Unidos sonham em atingir nível de mistura, que já realidade por aqui. Não há dúvidas de que o segmento sucroalcooleiro é o principal setor à frente da transição energética”, explica Nastari.



Cana-de-açúcar deve perder espaço para o milho no mercado de etanol

O CFO da companhia, Rodrigo de Penna Siqueira, ressaltou que a no médio prazo, a Jalles planeja realizar investimentos em etanol de milho, biometano e investimentos marginais para aumento de moagem e mix. No longo prazo, a companhia olha para fusões e aquisições, além da diversificação geográfica.

Tiago Medeiros, diretor da Czarnikow no Brasil, comenta que o etanol de milho será necessário, à medida que a demanda por açúcar no mundo deve seguir crescendo.

“No médio-longo prazo, o biocombustível a partir da cana-de-açúcar deve perder espaço. Os menores custos para o etanol de milho (~R$ 1.700/m³) frente ao biocombustível da cana (~R$ 2.100 m³) fortalecem essa visão. Que bom que o etanol surgiu como alternativa, nós vamos nos surpreender com a quantidade de etanol feita a partir do milho, que deve dobrar nos próximos 5 anos, para 14 milhões de litros”, pontua.

Nastari concluiu sua participação no evento defendendo a inclusão do açúcar no Mercosul e afirmou que o Brasil é o país melhor posicionado para atender a crescente demanda global por açúcar, com incremento de 1,8 milhões de toneladas por ano.

No ciclo 24/25, a Jalles espera um incremento de 49,6% na produção de açúcar e uma queda de 13,16% para o etanol. Fora a demanda crescente, o açúcar segue como uma boa remuneração no mercado internacional.

Veja a apresentação da Jalles Machado

Repórter
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil, que cobre o ciclo da oleaginosa do plantio à colheita, e do Agro em Campo, programa exibido durante a Copa do Mundo do Catar e que buscava mostrar as conexões entre o futebol e o agronegócio.
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Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil, que cobre o ciclo da oleaginosa do plantio à colheita, e do Agro em Campo, programa exibido durante a Copa do Mundo do Catar e que buscava mostrar as conexões entre o futebol e o agronegócio.
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