Oportunidade ou armadilha? Saiba se é uma boa ideia investir na Petz (PETZ3)
Existem motivos para comprar as ações da Petz (PETZ3) agora, avalia a Genial Investimentos. A corretora, que assumiu na semana passada a cobertura da varejista com recomendação de “compra” e preço-alvo ao fim de 2023 de R$ 8, acredita que a companhia é atualmente negociada a um P/L (preço sobre lucro) de 20,5 vezes para 2023 e 14 vezes para 2024.
Considerando a média histórica de 69 vezes do múltiplo e a estimativa de crescimento de 30% do CAGR (taxa de crescimento anual composta) entre 2022-25 do lucro líquido, analistas veem o investimento com uma boa relação risco-retorno para o longo prazo.
Além disso, eles acrescentam que a Petz está em boa posição para manter a consolidação do setor ao longo dos próximos anos.
“Em nossa estimativa, o setor pet brasileiro deve crescer 15% ao longo dos próximos três anos. Com atuais 8% de market share e com um plano de abertura de lojas mais agressivo que os concorrentes, é quase ‘natural’ pensar no crescimento do faturamento da Petz ao longo dos próximos anos”, defendem Iago Souza, Vinicius Esteves e Nina Mirazon.
A Genial acredita que, com a digitalização das operações e um plano mais agressivo de abertura dos três maiores players brasileiros (Petz, Cobasi e Petlove), o setor deve experimentar uma reversão de tendência no futuro, com as mega stores e os canais digitais pegando parte da participação dos pequenos pet shops.
Oportunidades em saúde
A Petz pode aproveitar oportunidades dentro de um mercado ainda inexplorado, que é a oferta de serviços para pet.
Na avaliação da corretora, a companhia pode aproveitar seus mais de 2,3 milhões de clientes e 370 mil assinantes para elevar a receita da sua vertical de serviços, via centro veterinário Seres.
“Oferecer um plano de saúde para o pet, expandir os hospitais para todas as capitais brasileiras e a entrada em laboratórios são três das principais opcionalidades de crescimento desse braço de serviços”, comentam Souza, Esteves e Mirazon.
Para a Genial, à medida que as novas lojas da Petz ganham maturação e com a rentabilidade das aquisições atingindo inflexão, o LPA (lucro por ação) da companhia deve crescer a 39% nos próximos três anos.
Sobre os riscos da tese, os analistas citam cinco:
- competição mais acirrada, com maior capitalização de algum dos players nacionais (principalmente Cobasi e Petlove) e/ou entrada de estrangeiros no setor (como PetCo), o que poderia comprometer as margens da Petz;
- riscos de execução;
- reforma tributária pode impactar negativamente o P/E para os próximos anos;
- aprovação do piso salarial para médicos veterinários (PL 1748/22) poderia detratar margens operacionais e lucro da companhia; e
- maiores níveis de capex em relação ao esperado.