Oportunidade de ‘ouro’? Metal é impulsionado por um ator de peso; confira
O ouro atingiu o recorde de US$ 2,290 por onça na manhã desta quarta-feira (3), impulsionado por conflitos internacionais, pelas expectativas de cortes nas taxas de juros norte-americanas e pela atuação de Bancos Centrais internacionais, especialmente o chinês.
De acordo com o Bank of America (BofA), os preços do ouro estiveram resilientes nos últimos meses, apesar das políticas monetárias restritivas ao redor do mundo, com o apoio surgindo de alguns segmentos em que a demanda continuou alta.
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Um ator em específico foi citado pelo BofA como o principal catalisador do metal: o Banco Central da China (PBOC, na sigla em inglês).
O PBOC continua a aumentar a exposição ao ouro, ao mesmo tempo que acrescenta o metal em seu portfólio, com as vendas de joias e importações não monetárias atingindo níveis recordes no início deste ano.
“Em certa medida, este interesse reflete a falta de opções alternativas para os investidores chineses, com os mercados acionistas e imobiliário ainda não sendo particularmente atrativos”, afirmam os analistas do banco.
Fed também influencia ouro
O BofA afirma que há uma tendência de buscar exposição ao rally do metal, mas não na forma de um investimento linear, o que é influenciado principalmente pela contínua apreensão quanto ao direcionamento da política monetária americana conduzida pelo Federal Reserve (Fed).
“Se o Fed finalmente começar a cortar as taxas de juros, os investidores americanos deverão regressar ao mercado, compensando também a potencial menor procura de investimentos chineses, à medida que o sentimento no país asiático melhora e a economia acelera”, finaliza.