Economia

Opinião: Douglas North, a cortina regulatória e o crescimento do País

01 fev 2019, 11:02 - atualizado em 01 fev 2019, 11:02
(Marcos Oliveira/Agência Senado)

Por Valter Silveira, do Money Times

Douglas North ganhou o prêmio Nobel de Economia pela fortaleza das instituições e sua vital importância dentro da natureza econômica, principalmente na influência do crescimento. A questão institucional na China é complexa, como na Rússia é nebulosa.

Dentro da macroeconomia atual, somente as duas maiores economias do mundo estavam conflitantes. Tudo se encaminha para um aceno favorável, inclusive com a possível integração das Coreias – sim, é possível.

Na cortina brasileira, os atores econômicos nunca souberam ao certo se relacionar com estrangeiros. O não entendimento de culturas, idiomas e línguas pela vasta maioria da população, em meio à falta total de infraestrutura, mostra-se como barreira gigantesca necessária para o verdadeiro desenvolvimento do País.

Em relação a insegurança institucional, agora Bolsonaro possui a chance única de reverter a elevada média histórica, de escândalos e lobbies de, por exemplo, empresas de commodities em assembleias legislativas. Se Deus está acima de tudo, não existe lugares no céu para corruptos, nem para lobistas.

Existem lugares muito felizes para ienes, dólares, euros, libras, rublos e iuanes. Existem também siglas como EMEA e APAC, extremamente mais fortes que os “out of fashion” BRICs: onde não existe Douglas North, pela elevada fragilidade das instituições.

Agora, o desenvolvimento do País, dentro de propostas como aumento da conta turismo através de resorts internacionais no semiárido do sertão, por exemplo, acompanhada da infraestrutura necessária para tanto, é viável.

Agora é possível. Porque não existe viés ideológico. Agora é neutro, como a escola de Chicago é (supostamente, pois a neutralidade, como o ponto de equilíbrio entre demanda e oferta, é igual dividir 10 por 3).

Powell, Draghi e Kuroda sabem quando usar a ortodoxia ou quando é melhor caminhar pela via heterodoxa.

Coisa que talvez a Dilma não aprendeu.

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