CryptoTimes

Operadoras do esquema do ‘faraó dos bitcoin’ são presas pela PF na República Dominicana

31 ago 2022, 14:51 - atualizado em 31 ago 2022, 14:53

A polícia federal fez, nesta quarta-feira (31), mas uma ação dentro da Operação Krypto, que investiga suspeitos de operar um esquema ilegal envolvendo criptomoedas. Dois homens e duas mulheres foram alvos da ação de hoje, mas apenas as mulheres foram presas.

Todos os alvos estão ligados a Glaidson Acácio dos Santos, conhecido como “faraó dos bitcoins“, acusado de comandar um esquema de pirâmide financeira com criptomoedas. Glaidson chegou a registrar sua candidatura a deputado federal pelo Rio de Janeiro nas eleições deste ano, mas teve o registro negado.

As presas – uma brasileira e outra venezuelana – foram localizadas em Santo Domingo, na República Dominicana. No momento da prisão, elas estavam na companhia de seus respectivos maridos brasileiros, também denunciados na Kryptos, porém com mandados de prisão revogados por decisão judicial.

Eles são umas das 22 investigadas pela Operação Kryptos, deflagrada em agosto de 2021, para combater o crime contra o sistema financeiro nacional, lavagem de dinheiro e gestão temerária ou fraudulenta. As mulheres eram operadoras do esquema e organizavam a parte administrativa da empresa e também responsáveis pelos pagamentos. As duas, agora, aguardam o processo de extradição.

Andrimar Morayma Rivero Vergel

A venezuelana e seu marido Vicente Gadelha Rocha Neto fizeram, entre 2019 e 2021, cinco viagens para Dubai, capital dos Emirados Árabes, para abrir duas contas-correntes. De acordo com a Polícia Federal, o casal tinha a missão de “escoar o proveito criminoso oriundo do esquema desenvolvido pela GAS para paraísos fiscais”.

Larissa Vianna Ferreira Dumas

Casada com João Marcus Pinheiro Dumas Viana, é procuradora de uma conta da GAS em uma agência bancária de Cabo Frio. Eram utilizados “para a passagem de recursos para outras pessoas” segundo a PF.

João Marcus Pinheiro Dumas Viana

Apontado como portador de depósitos em espécie em uma conta de Glaidson entre abril de 2019 e dezembro do ano passado.

Vicente Gadelha Rocha Neto

Responsável pela compra de materiais de escritório para unidades da GAS em João Pessoa e Natal, no Rio Grande do Norte. Para os investigadores, Vicente era “o responsável pela expansão da estrutura criminosa para o Nordeste”. Ele recebeu R$ 37,5 milhões de Glaidson ou da GAS entre 2018 e 2020.

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