Operação Tira-Teima: Hypera confirma pagamentos indevidos de R$ 110,5 milhões
A Hypera (HYPE3), antiga Hypermarcas, confirmou nesta terça-feira (26) a existência de pagamentos indevidos realizados pela companhia. A apuração foi realizada pelo Comitê Especial Independente, constituído em 2018, depois que a Polícia Federal deflagrou a operação Tira-Teima para investigar executivos acusados de pagarem propina a políticos do MDB e do PSDB, dentre eles o ex-diretor Nelson José de Mello.
Foram encontrados indícios de pagamentos indevidos no valor de R$ 110,5 milhões, além dos R$ 33,1 milhões que foram objeto de instrumento de transação firmado com o ex-administrador, que reconheceu sua obrigação de indenizar a Hypera.
Após uma negociação com o principal acionista e fundador da companhia, João Alves de Queiroz Filho, o conselho de administração aprovou o termo de pagamento no qual o executivo pagará o saldo remanescente das transações indevidas em quatro parcelas iguais e sucessivas, sendo a primeira à vista e as demais na mesma data dos anos subsequentes.
O Comitê Independente recomendou o aprimoramento dos sistemas e controles interno da empresa, assim como seu programa de compliance.
A farmacêutica garantiu que seus atuais administradores não estão envolvidos nas irregularidades apuradas, e disse que continuará apoiando e colaborando com as investigações conduzidas pelas autoridades.