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Opep reduz previsão para demanda por petróleo em 2021 e vê melhora no 2º semestre

11 fev 2021, 14:21 - atualizado em 11 fev 2021, 14:21
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A Opep reduziu de maneira constante sua previsão para o crescimento da demanda por petróleo em 2021, que atingia 7 milhões de bpd em julho (Imagem: REUTERS/Leonhard Foeger)

A demanda global por petróleo vai se recuperar em 2021 de forma mais lenta do que se esperava anteriormente, disse nesta quinta-feira a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), voltando a reduzir sua previsão diante do persistente impacto causado pela pandemia de coronavírus.

A demanda avançará em 5,79 milhões de barris por dia (bpd) neste ano, para 96,05 milhões de bpd, disse a organização em um relatório mensal, no qual diminuiu sua projeção de crescimento em 110 mil bpd frente às expectativas apresentadas há um mês.

A perspectiva de um consumo mais fraco já levou a Opep e seus aliados, que formam o grupo conhecido como Opep+, a desacelerar os planos de aumento de produção.

Maior demanda, preços em alta e menor oferta de concorrentes poderiam sustentar o argumento por novas flexibilizações de oferta, mas o Iraque disse na quarta-feira que a Opep+ provavelmente manterá seus cortes atuais de produção em março.

“Embora a economia global esteja mostrando sinais de uma recuperação saudável em 2021, a demanda por petróleo está em ritmo atrasado –mas a previsão é de que se recupere no segundo semestre de 2021″, disse a Opep no relatório.

A Opep reduziu de maneira constante sua previsão para o crescimento da demanda por petróleo em 2021, que atingia 7 milhões de bpd em julho.

Ainda assim, a previsão mais recente fica acima de uma estimativa que consta em um relatório interno da Opep, visto pela Reuters neste mês.

O grupo elevou sua previsão para crescimento econômico mundial neste ano para 4,8%, versus estimativa anterior de 4,4%, apesar do impacto representado por “desafios” como as variantes da Covid-19 e a efetividade das vacinas.

“Os programas globais de vacinação estão ganhando ritmo, as taxas de infecção estão caindo em algumas áreas, as melhorias nos tratamentos e o uso cada vez maior de instalações para testagem rápida: tudo isso dá suporte para uma aceleração da atividade econômica após o primeiro trimestre”, disse a Opep.