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Opep e aliados manterão estabilidade do mercado de petróleo após 2020, diz secretário-geral

15 out 2019, 10:14 - atualizado em 15 out 2019, 10:14
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Cumprimento dos níveis de produção acertados entre países da Opep e seus aliados está em 136%, o que limita a oferta global (Imagem: Reuters/Nick Oxford)

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e seus aliados estão comprometidos com a manutenção da estabilidade no mercado de petróleo para além de 2020, uma vez que a oferta física está relativamente apertada globalmente, disse nesta terça-feira o secretário-geral do grupo de produtores, Mohammad Barkindo.

Ele acrescentou que o cumprimento dos níveis de produção acertados entre países da Opep e seus aliados está em 136%, o que limita a oferta global, enquanto o crescimento da produção na América do Norte, incluindo em bacias de “shale” nos Estados Unidos, está desacelerando.

Opep, Rússia e outros produtores aliados, um grupo conhecido como Opep+, se comprometeram com um corte de produção de 1,2 milhão de barris por dia (bpd) até março de 2020 para apoiar os preços. O grupo deverá se encontrar novamente em 5 e 6 de dezembro.

“Tenho ouvido um sonoro coro de todos os agentes de que eles estão determinados a não permitir uma recaída na derrocada (do mercado) como aquela pela qual acabamos de passar”, disse Barkindo ao participar de evento organizado pela CERAWeek na Índia, referindo-se ao período de preços baixos do petróleo entre 2014 e 2015 que levou a Opep a cortar oferta.

“Eles farão o que for possível dentro de seus poderes para assegurar uma relativa estabilidade sustentada para além de 2020”, afirmou Barkindo.

Em seu último relatório mensal, de outubro, a Opep cortou sua projeção para o crescimento econômico global em 2020 para 3%, de 3,1% anteriormente.

O cenário econômico tem impactado negativamente os preços do petróleo– o Brent já caiu 22% desde máxima de 2019, de 75,60 dólares por barril, tocada em 25 de abril.

O guerra comercial entre EUA e China está afetando a economia global e a demanda por petróleo, enquanto mercados financeiros têm apresentado visão cada vez mais pessimista quanto ao crescimento econômico, disse Barkindo.

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