ONS vê queda de 2,1% na carga de energia para outubro e chuvas acima da média no Sudeste
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) previu nesta sexta-feira uma queda maior da carga de energia em outubro, passando a projetar um recuo de 2,1% na comparação anual, ante baixa de 0,1% estimada na semana anterior.
O movimento é puxado principalmente por uma queda de 2,7 pontos percentuais maior que a esperada anteriormente para o subsistema Sudeste/Centro-Oeste, que possui a maior carga de eletricidade do Brasil.
Segundo o operador, a carga na região deverá registrar queda de 3,8% frente a outubro de 2020 na semana passada, o recuo era calculado em 1,1%.
Já no Sul, a previsão de queda para o mês é ainda mais acentuada, de 4,7%, ante recuo de 1,5% estimado na semana anterior.
Na região Nordeste, a previsão de carga para o mês sofreu elevação de 0,1 ponto percentual ante a estimada na semana passada, para avanço de 3,8%, enquanto no Norte a previsão foi mantida em alta de 2,6%.
Em relação às chuvas nas regiões de hidrelétricas, o ONS elevou a previsão de afluência para o subsistema Sudeste/Centro-Oeste, que concentra os principais reservatórios de hidrelétricas do Brasil, para 103% da média para outubro, contra 99% previsto na semana anterior.
A melhora do cenário de chuvas para a importante região é positiva, em momento em que o país enfrenta uma grave crise hídrica e vê afetada a geração de energia pela principal fonte utilizada localmente.
Já os reservatórios do Sul terão precipitações em 87% da média, contra 116% estimados na semana passada.
Para o Nordeste, as chuvas foram projetadas em 42%, estável ante a estimativa anterior, enquanto para o Norte a projeção é de 89%, versus 83 na semana passada.
Nesta semana, o diretor-geral do ONS, Luiz Carlos Ciocchi, pontuou que vê um cenário ainda “bastante preocupante” para 2022, diante de seca nos reservatórios de hidrelétricas, e recomenda que o país permaneça mobilizado.
Segundo ele, há expectativas de que a estação chuvosa chegará dentro do esperado neste ano e apontou que as chuvas dos últimos dias foram muito bem-vindas, mas não ainda o suficiente.