ONS reduz previsão de carga de energia para julho, passa a ver alta de 3,3% ante 2020
A carga de energia do Brasil deverá avançar 3,3% em julho na comparação com mesmo mês do ano passado, indicou o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) nesta sexta-feira, reduzindo sua previsão em relação ao boletim publicado na semana passada, quando estimava avanço de 3,7%.
A queda na projeção foi influenciada pela redução na carga prevista para o subsistema Sudeste/Centro-Oeste, que possui a maior carga de eletricidade do país.
O ONS, que na semana passada via um aumento de 2,5% na região, passou a estimar uma alta de 1,2%.
Os outros subsistemas, por sua vez, tiveram elevação na estimativa de carga: o Sul deve avançar 4,0%, ante 3,5% na semana passada; o Nordeste tem alta prevista em 7,6%, versus 6,8% no boletim anterior; e o Norte tende a apurar aumento de 8,0%, contra previsão de 6,6% na última semana.
Em meio à grave crise hídrica enfrentada pelo país, os números do ONS para as chuvas nas regiões das usinas hidrelétricas brasileiras seguem apontando para quadro de seca.
No Sudeste/Centro-Oeste, que concentra os maiores reservatórios, as precipitações em julho deverão atingir 61% da média histórica para o período, ante estimativa de 63% publicada na semana passada.
No Nordeste, a projeção permaneceu em 42%, mesmo nível visto no boletim anterior.
No Sul, o índice de chuvas foi estimado em 47% da média (versus 50% anteriormente), enquanto o Norte verificou leve elevação para 82% (antes a previsão era de 81%).