Internacional

ONG venezuelana afirma que 14 rebeldes morreram em ataque contra ex-líder das Farc

19 maio 2021, 19:59 - atualizado em 19 maio 2021, 19:59
Venezuela
O caso dos militares foi confirmado no último sábado pelo ministro da Defesa, general Vladimir Padrino (Imagem: REUTERS/Luisa Gonzalez)

Uma organização não-governamental da Venezuela informou nesta quarta-feira que 14 rebeldes foram mortos junto com Jesús Santrich, um dos líderes mais importantes da guerrilha desmobilizada das Farc que havia rejeitado um acordo de paz e continuava com a luta armada.

Na terça-feira, o grupo dissidente afirmou em nota que Santrich morreu na segunda-feira em uma operação militar de um comando do Exército colombiano em território venezuelano, próximo à fronteira.

Javier Tarazona, diretor da ONG Fundaredes, disse a jornalistas em San Cristóbal, no Estado andino de Táchira, na fronteira com a Colômbia, que fontes que ele não identificou sabiam que Santrich estava com 14 guerrilheiros, que morreram no ataque em um setor do também Estado fronteiriço de Zulia, no norte do país.

Foi o grupo de Tarazona, com 19 anos de trabalho naquela zona fronteiriça promovendo e defendendo os direitos humanos, que denunciou em 10 de maio que oito militares venezuelanos estavam retidos por uma facção das Farc após combates em meados de abril.

O caso dos militares foi confirmado no último sábado pelo ministro da Defesa, general Vladimir Padrino.

Santrich estava em Zulia “consolidando um acampamento na área… apenas 14 homens o acompanhavam” e no ataque em que morreu o líder rebelde 14 guerrilheiros morreram, disse Tarazona.

Ele acrescentou que ainda não se sabe quem assumirá a posição de Seuxis Paucias Hernández, de 54 anos, mais conhecido como Jesús Santrich, que apoiou o acordo de paz de 2016, mas se separou e anunciou em 2019 junto com outro comandante guerrilheiro, Iván Márquez, o retorno à luta armada por considerar que o pacto de paz não foi honrado.

O governo da Colômbia afirma que tanto Santrich como Márquez receberam apoio do presidente Nicolás Maduro.

As autoridades não comentaram o caso de Santrich e o Ministério da Informação não respondeu a um pedido de comentário.

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