30 nov 2023, 9:14
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atualizado em 30 nov 2023, 12:31
De novo? Se Travis Barker falou sério, Blink-182 pode não vir mais ao Brasil em 2024 (Imagem: Divulgação/Blink-182 via Instagram)
Travis Barker pode estar (ou não) brincando com coisa séria. Na última terça-feira (28), o baterista disse que vai cancelar novamente a passagem do Blink-182 pelo Brasil.
A “ameaça” aconteceu pelo X (ex-Twitter), nos comentários de um post de uma página de fãs. Os administradores do fã-clube em questão publicaram uma captura de tela de um dos stories postados no Instagram de Barker naquele mesmo dia.
A imagem era uma tela preta, que dizia apenas “tomorrow”, indicando um possível anúncio para esta quarta-feira (29).
No post, os admiradores da banda de punk-rock questionavam o que os seguidores da página achavam que o baterista poderia “estar aprontando”.
Em resposta, o brasileiro e vocalista da banda Scracho, Diego Miranda, apontou em um tom de brincadeira, segundo o mesmo, que Barker iria cancelar novamente a apresentação do Blink-182 no Brasil e este era o motivo do mistério.
O cônjuge de Kourtney Kardashian não ficou em silêncio e respondeu: “f***e, vou cancelar então”, o que não ficou claro se era de fato uma resposta séria ou apenas uma outra gozação.
O tal anúncio destacado por Barker via Instagram, na verdade, tinha a ver com o lançamento da versão ao vivo da música Anthem Parte 3, que saiu na tarde de ontem.
Após o ocorrido, o Lollapalooza Brasil 2024 chegou a enviar uma nota à imprensa, reforçando a participação da banda no festival do ano que vem.
O Blink-182 deveria ter sido uma das atrações principais da 11ª edição do Lollapalooza Brasil. Entretanto, pouco antes do evento, a banda confirmou os rumores de cancelamento dos shows na América do Sul e no México, devido à lesão no dedo de Barker, quando ele deslocou e rompeu os ligamentos durante um ensaio.
Os fãs de Barker, TomDeLonge e Mark Hoppus ficam na expectativa de ver o Blink-182 pela primeira vez no Brasil no próximo ano.
Além disso, apesar dos contratempos, os admiradores do grupo se orgulham que o baterista finalmente se sinta livre para andar de avião novamente, após um acidente — que aconteceu em 2008 — no qual o jato particular em que ele estava caiu logo após a decolagem, matando quatro pessoas e deixando-o como um dos dois únicos sobreviventes.
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Blink-182 pode cancelar?
Apesar da grande frustração deste ano, isso não representa nenhuma garantia de que o grupo tenha de vir no ano que vem. Segundo Bruno Boris, professor de direito da Universidade Mackenzie, campus Campinas, situações excepcionais ainda podem acontecer.
Em relação a possíveis penalidades em decorrência de um novo cancelamento, Léo Morel, professor de MBAs da Fundação Getúlio Vargas (FGV), explica que cada caso é um caso, mas que pode sim haver uma multa, dependendo dos termos do contrato que foi assinado.
Segundo Morel, normalmente, o contratante insere a aplicação da multa para se proteger financeiramente e “alguns contratos estipulam multa de 100% do total do contrato”.
Contudo, muitas vezes, os artistas acabam devolvendo o valor do cachê previamente recebido. Isso porque, entra a questão do cancelamento “por motivos de força maior”, segundo o especialista em negócios.
“O artista, nessa situação, normalmente devolve o dinheiro recebido. Não existe uma regra, cada caso é um caso, de acordo com o contrato assinado”.
Quais os direitos do consumidor?
Gustavo Angelelli, professor do curso de direito da Universidade Mackenzie, campus Alphaville, diz que diante de um cancelamento, aplica-se o código de defesa do consumidor, que prevalece sobe estipulações que a própria empresa venha fazer, tentando limitar a sua responsabilidade.
“Eventualmente, essas limitações serão consideradas clausulas nulas, ou seja, sem efeito nenhum. Nesse sentido, o servidor que presta serviços deve fornecer o objeto a que se propôs, e uma vez não conseguindo cumprir aquilo que prometeu, é obrigado a restituir o dinheiro”, diz.
Angelelli também destacou que existem outras duas opções, é possível que seja oferecido ao consumidor uma nova data para aquele show ou fornecer uma espécie de crédito, que poderá ser utilizado em outras apresentações, mas isso fica a critério do consumidor.
