Onde investir para lucrar com dividendos, segundo 17 analistas? 4T24 não abala posto de ‘queridinha’ da Petrobras (PETR4)

Em março, a Petrobras permanece no posto de ação mais indicada por analistas para buscar dividendos (Imagem: Getty Images/Canva Pro)

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Os resultados do quarto trimestre de 2024 (4T24) não foram capazes de tirar da Petrobras (PETR4) o posto de mais indicada por analistas na busca por dividendos. É o que mostra levantamento do Money Times que mapeou 17 carteiras recomendadas para março de bancos e corretoras.

Campeã de indicações em fevereiro, a primeira posição permanece com a estatal para este mês. Na segunda colocação, há um empate triplo entre três tradicionais nomes quando se trata de proventos: Banco do Brasil (BBAS3), Itaú Unibanco (ITUB4) e Vale (VALE3).

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Vale lembrar que na última semana a Petrobras entregou um prejuízo bilionário e decepção com dividendos, já que os extraordinários não vieram. A CEO da empresa, Magda Chambriard, disse após a divulgação do balanço que 2024 foi um ano muito positivo para a estatal e que acredita que este ano será “ainda melhor”.

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“Entendemos a frustração com a redução dos dividendos no curto prazo, mas estamos priorizando investimentos estratégicos, especialmente na antecipação de projetos em Búzios”, afirmou em teleconferência com analistas.

Por que buscar dividendos na Petrobras?

Analistas do BTG Pactual, que contam com Petrobras na carteira recomendada de dividendos para março, apontam que a petrolífera segue como a ação preferida no setor, tendo em vista que oferece uma combinação de crescimento sólido da produção, exposição ao dólar, sólidos dividendos e boas práticas de governança corporativa — ainda que a empresa não seja perfeita.

O BTG reconhece que os recentes ajustes no capex (investimentos), visando alinhar melhor o progresso físico e financeiro, reduziram as expectativas de dividendos de curto prazo e podem ter algum impacto sobre os múltiplos da companhia.

“No entanto, se a produção se mantiver no rumo certo e os investimentos contribuírem para uma evolução mais rápida, a sólida base de ativos da Petrobras, especialmente nos campos do pré-sal, deverá continuar gerando um fluxo de caixa ao acionista robusto, apoiando os payouts de longo prazo”, ponderam.

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O Safra avalia que os resultados da Petrobras continuarão robustos no curto e médio prazo e a empresa manterá uma boa capacidade de distribuição de dividendos.

Ainda, os analistas pontuam que a ação está negociada com desconto ante seus pares internacionais e sua média histórica, oferecendo um valuation atrativo.

BB, Itaú e Vale também são alternativas

O Santander aponta que o Banco do Brasil entrega o maior dividend yield (retorno de dividendos) entre os grandes bancos. A projeção é de 11% em 2025.

Os analistas permanecem otimistas com o BB, tendo em vista um crescimento de lucro de maior qualidade de 5% neste ano.

Sobre Itaú, a XP Investimentos comenta que apesar da deterioração do cenário econômico, o banco segue sendo o mais eficiente e tem condições de preservar a rentabilidade mesmo em um cenário mais conturbado.

Ainda, os analistas destacam os bons resultados no quarto trimestre de 2024, com anúncio de R$ 18 bilhões em recompras e dividendos.

Já no caso da Vale, o Safra avista um cenário mais positivo para a produção e custos da empresa, juntamente com prêmios de minério de ferro potencialmente mais altos.

“Acreditamos que seu valuation relativamente mais barato em comparação com as grandes empresas australianas, o leve posicionamento dos investidores e o seu desempenho inferior aos preços do minério de ferro suportam nossa visão positiva”, dizem os analistas.

Do lado da gestão da mineradora, o Safra acredita que será mantida uma abordagem mais amigável aos acionistas em relação a dividendos extraordinários ou recompra de ações.

As ações mais indicadas em março para buscar dividendos

Levantamento

O levantamento do Money Times levou em consideração as informações das carteiras de ações divulgadas por 17 instituições. Para março, foram indicadas 43 ações, somando 144 recomendações.

Participaram do levantamento Ágora Investimentos, Ativa Investimentos, AndBank, BB Investimentos, BTG Pactual, Daycoval, Empiricus Research, Genial Investimentos, Itaú BBA, Nova Futura, PagBank, Planner, Safra, Santander, Terra Investimentos, Toro e XP Investimentos.