Onde investir em junho? Ativa Investimentos indica 15 ações para ter na carteira; confira

A Ativa Investimentos promoveu uma série de mudanças em sua carteira recomendada de ações para o mês de junho, tendo em vista o atual contexto econômico, ainda fortemente impactado pelo início do afrouxamento monetário nos Estados Unidos.

O analista Pedro Serra e equipe, que assinam o relatório, destacam ainda que o cenário local segue girando em torno da dificuldade do governo em convencer o mercado quanto ao seu comprometimento com o resultado fiscal e com o ciclo de corte de juros.

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Nessa conjunção, a casa retirou do portfólio os papéis de Suzano (SUZB3), Tim (TIMS3) e BTG Pactual (BPAC11) para dar lugar a Gerdau (GGBR4), Vibra Energia (VBBR3) e Banco ABC (ABCB4). Ainda, a casa aumento a posição em Natura (NTCO3).

Com um cenário local difícil e a alta dependência da Bolsa pelos dados da economia americana darem indícios quanto ao corte de juros pelo Federal Reserve, os analistas da Ativa destacam:

1. Fluxo estrangeiro que pode vir com o ciclo de corte de juros pelo Federal Reserve nos EUA ainda muito dependente dos próximos dados de inflação e mercado de trabalho (mais volatilidade);
2. Queda da Selic deve parar em patamar acima do projetado anteriormente;
3. Cenário político local piorando, trazendo incertezas quanto ao fiscal;
4. Valuation das empresas ainda em níveis atrativos, validado após a temporada de resultados do 1T24, gerando revisões altistas para o lucro esperado da bolsa.

Em maio, a carteira da Ativa teve um desempenho negativo de 2,97%, próximo ao recuo do Ibovespa (IBOV), de 3,04%. Nos últimos 12 meses, a carteira acumula alta de 15%, frente avanço de 11,7% do índice de referência.

Movimentações na carteira

Sobre a inclusão de Gerdau, os analistas da casa apontam que ocorre após a companhia apresentar um excelente desempenho no primeiro trimestre de 2024 (1T24).

“Mesmo sob um cenário desafiador, a empresa conseguiu obter excelentes margens tanto nos EUA como no Brasil e acreditamos que Gerdau será capaz de manter tal performance ao longo dos próximos trimestres”, ponderam.

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Já sobre Vibra, mesmo lidando com uma pior dinâmica comercial no início do ano em função de um cenário de sobreoferta de energia, causado pela queda sazonal no consumo e a chegada maciça de diesel russo, avaliam que a empresa entregou resultados superiores às nossas expectativas e frente ao seu principal par neste 1T24.

“Acreditamos ainda que, diante de uma futura melhor dinâmica de estoques, a companhia conseguirá gerar mais caixa ao longo dos próximos trimestres, o que pode, inclusive, resultar em uma boa distribuição de proventos ao longo de 2024”, avaliam.

Ainda, incluíram Banco ABC por entenderem que a queda recente abriu uma oportunidade para adquirir suas ações. Os analistas destacam que o banco tem conseguido entregar uma rentabilidade acima do seu custo de capital e, para frente, entendem que esse ritmo deverá permanecer.

Por fim, a Ativa readequou o percentual das posições estruturais da carteira, após o rebalanceamento ocorrido com o Ibovespa durante o mês de maio.

“Desta forma, os aumentos nos pesos de Petrobras, Vale, Itaú Unibanco e Bradesco, em conjunto à diminuição de alocação em utilities e Localiza, visam tornar nosso portfólio mais aderente à atual estrutura da composição acionária do índice que utilizamos para referenciar a sua performance”, explicam.

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