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Não é hora de inventar, nem de buscar a próxima ‘small cap’ dos FIIs, alerta especialista do Pátria

16 jan 2025, 17:44 - atualizado em 16 jan 2025, 17:44
fundos imobiliários - onde investir 2025
Evento Onde Investir 2025. (Imagem: Giovanna Melo)

Três palavras definem a estratégia ideal para montar uma carteira de fundos imobiliários hoje: diversificação, qualidade e liquidez. Esses são os pilares fundamentais para que o investidor possa “dormir tranquilo” durante 2025, segundo o Ricardo Vieira, do Pátria Investments.

Durante o painel de FIIs, no evento “Onde investir” do Seu Dinheiro, Vieira, Caio Araujo, analista da Empiricus e Mauro Dahruj, do Hedge Investments avaliaram as principais oportunidades entre os diferentes segmentos disponíveis nessa classe de ativos.

Para eles, é unanimidade que 2025 ainda será um ano de cautela, visto que a taxa de juros seguirá alta nos próximos meses. Ao mesmo tempo, será possível aproveitar as boas oportunidades que já estão disponíveis.

“Você tem um impacto, num primeiro momento, nas cotas dos fundos imobiliários. Mas isso, por si só, não deveria ser visto como algo ruim para os investidores. É claro que ninguém gosta de ver o seu patrimônio caindo, mas, muitas vezes, a queda da cotação pode ser uma oportunidade, desde que os fundamentos daquele investimento permaneçam positivos”, explica Dahruj.

O setor no ano passado sofreu com muitas quedas. O Índice de Fundo de Investimento Imobiliário (IFIX) finalizou o ano com um recuo acumulado de 5,89%, sendo considerado um dos piores anos da série histórica, perdendo para 2013 e 2020.

Com isso, as cotas dos FIIs tiveram desvalorizações intensas e muitas foram consideradas baratas em relação à qualidade dos portfólios e dos seus dividendos. E estes são os principais pontos que fazem o ativo permanecer atrativo para o investidor brasileiro em tempos que a renda fixa parece a única opção.

“Eu acho que é um produto que combina a beleza dos dois mundos: da renda fixa e da renda variável. E acredito que possa ser muito interessante para o cotista, em momentos como o atual, porque a renda está elevada. A gente está falando em bons fundos de tijolo pagando 9% ao ano, 10% ao ano, livre de imposto de renda”, disse o especialista do Pátria.

Segundo os especialistas, o momento, portanto, pede calma e acompanhamento de perto dos investimentos para que não haja uma perda desnecessária de patrimônio, avaliando periodicamente os fundamentos.

“Ele [o investidor] não precisa buscar a próxima ‘small cap’ dentro do universo de fundo imobiliário, que vai destravar valor. Essa é mais uma recomendação para quando o mercado está caro, o que não é o caso. Não precisa inventar”, alertou Vieira em sua fala.

Para Araújo, também é importante avaliar a questão da alavancagem de cada fundo, especialmente os de tijolos, por conta do provável aumento das despesas financeiras dos FIIs, com os juros altos, e para averiguar o cumprimento das suas obrigações nos prazos estabelecidos.

Para balancear este risco, o analista da Empiricus avalia que os fundos com contratos atípicos, que possuem maior segurança, multas mais elevadas, podem oferecer uma maior previsibilidades para a receita dos investidores, neste segmento de tijolos.

Fundos de Investimentos Imobiliários: Onde investir em 2025?

O destaque nas carteiras para este próximo ano fica para os fundos de papel, que possuem uma exposição maior nos produtos de renda fixa, mais seguros em momentos como este. Neste caso, Araújo cita principalmente o Kinea Rendimentos Imobiliários (KNCR11) como um investimento “base”.

De olho no setor de tijolo, ele destaca o fundo de logística Bresco Logística (BRCO11), classificado como o de maior qualidade da categoria e que possui um dividend yield de 10%.

Já Dahruj avalia que os Fundos de Fundos (FOFs) possam ser uma boa alternativa, uma vez que combinam a distribuição de renda com ganho de capital e que é um segmento “esquecido” pelos investidores, em sua visão.

“Além de pagarem rendimentos na ordem de 12%, 13% ao ano, o nível de precificação destes ativos esta muito descontado”, explica o especialista da Hedge Investments.

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Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.
juliana.caveiro@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.
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