Economia

Onde Campos Neto acha que a Argentina errou?

16 ago 2023, 12:54 - atualizado em 16 ago 2023, 12:54
Roberto Campos Neto, Política
Campos neto fala sobre os erros cometidos pelos argentinos e o que a prévia das eleições primárias significa no país. (Imagem: Pedro França/Agência Senado)

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, mencionou sobre o atual momento da Argentina em reunião na Frente Parlamentar do Empreendedorismo (FPE), nesta terça-feira (1). Segundo ele, Brasil pode aprender com os erros do país vizinho.

Ao citar a inflação no país sul-americano, Campos Neto disse que os argentinos cometeram três grande falhas. O primeiro deles, desrespeitar a autonomia do Banco Central, depois desrespeitar o sistema de metas sem reajustar a inflação para cima, e por último a ausência de ajuste fiscal.

A situação, segundo o presidente do BC, é muito delicada e a confiança na moeda nacional é nula. “A Argentina está em situação complexa, com inflação rodando a 140%. Eles subiram os juros (segunda-feira, 14) e a moeda desvalorizou, segue desvalorizando bastante”, afirmou.

Sobre as eleições primárias do país, o qual o candidato de extrema direita Javier Milei foi o mais votado, foi dito que o resultado reflete o tema mais pautado por lá que é a inflação.

“O candidato que acabou se saindo melhor é o que atendeu esse apelo das pessoas, foi o que disse ‘vamos cuidar da inflação’. Foi o candidato que batia de fato na questão da inflação. Alguns outros candidatos batiam mais de forma indireta. Mas, quando olhamos as pesquisas, o que as pessoas hoje não aguentam mais na Argentina é o tema da inflação que está muito descontrolado”, afirmou.

A questão da dolarização do país também é outro assunto polêmico e que Campos Neto acredita que é necessário muito estudo para entender o real impacto disso na economia argentina.

“Para fazer isso, tem que ter dólar de reserva, se não, não consegue fazer esse processo. As reservas argentinas são negativas. São menos US$ 5 bilhões, tanto é que não conseguiram honrar o acordo com o FMI e tiveram que pedir dinheiro. É complicado de forma inicial, mas eu entendo e vejo que seguramente pode ser uma saída”, disse.

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Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.
juliana.caveiro@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.
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