Onda vendedora toma conta de fundo imobiliário após crise da Americanas (AMER3)
O índice de fundos imobiliários (Ifix) da B3 fechou o pregão desta terça-feira (17) em queda de 0,10%, aos 2.838 pontos, revertendo os ganhos exibidos na primeira parte dos negócios, em meio à dissipação dos riscos da Americanas (AMER3) no segmento de logística.
O analista de fundos imobiliários da Ativa Investimentos, Gabriel Teixeira, pondera que FIIs têm um risco menor à crise da varejista, na comparação com o mercado de ações, mesmo que ele dependa da saúde financeira do inquilino.
“Tem as cláusulas contratuais com relação a multa e prazo. Claro, existe a possibilidade de saída da Lojas Americanas dos imóveis com o plano de reestruturação. Mas os espaços seguem na carteira do fundo, possibilitando a locação para novas empresas. O que reduz o risco em termos de exposição”, comenta.
Fundo imobiliário tem ‘onda vendedora’ com Americanas
No pregão, o Riza Arctium Real Estate (ARCT11) liderou as perdas entre os fundos, com recuo de 2,82%. Por outro lado, o BTG Pactual Terras Agrícolas (BTRA11) foi o que teve a maior alta, de 3,59%.
Na sequência, ficou o GGR Copevi (GGRC11), subindo 2,33%. O FII, um dos oito de logística expostos à Americanas, interrompeu a sequência de oito quedas seguidas e desvalorização perto de 10% entre quinta-feira (12) e ontem, em meio ao imbróglio financeiro e fiscal da varejista.
O analista da Ativa destaca que, entre esses fundos de maior à exposição à varejista, os principais casos são os fundos Max Retail (MAXR11), que tem mais de 30% de sua receita vinda da locação de imóveis pela Americanas, e o GGR Copevi.
Em relação ao GGRC11, Teixeira explica que o fundo está finalizando a compra de um galpão do CSHG Logística (HGLG11), gerido pelo Credit Suisse. “Isso faz com que a Americanas aumente a participação na receita desse fundo. Com isso, houve um ajuste e cotistas anteciparam esse movimento de incertezas e venderam cotas”, ressalta.