Oncoclínicas (ONCO3) fará aumento de capital de R$ 1,5 bilhão; CEO e banco vão colocar dinheiro novo
A Oncoclínicas (ONCO3) entrou na lista de empresas da B3 que vão passar por uma rodada de aumento de capital para reduzir o nível de endividamento. No total, a rede de clínicas oncológicas vai reforçar o balanço em R$ 1,5 bilhão com a emissão de 115.384.616 novas ações.
Os acionistas da Oncoclínicas têm direito de preferência na operação. Mas ainda que os minoritários não aceitem colocar dinheiro novo na companhia a capitalização já está garantida.
Isso porque dois fundos de participações ligados ao Banco Master se comprometeram a injetar R$ 1 bilhão no aumento de capital.
Para isso, o Goldman Sachs, que possui 45% do capital da companhia, concordou em ceder os direitos de preferência aos fundos. Desta forma, o banco norte-americano terá a participação diluída.
Os outros R$ 500 milhões do aumento de capital virão do CEO e fundador da rede, Bruno Ferrari.
Os detalhes do aumento de capital da Oncoclínicas (ONCO3)
A Oncoclínicas vai emitir as novas ações ONCO3 a R$ 13 cada, com base em relatório de avaliação elaborado pela XP Finanças. O preço representa um prêmio de 89% em relação à média das cotações da empresa nos últimos 30 pregões na B3. Assim, é pouco provável que os minoritários exerçam o direito de preferência.
Vale lembrar ainda que os papéis da Oncoclínicas acumulam forte queda de mais de 40% na B3 no acumulado deste ano. As ações encerram ontem a R$ 7,45 e o valor de mercado atual da rede é de aproximadamente R$ 4 bilhões.
O dinheiro novo com o aumento de capital vai ajudar a reduzir a alavancagem da companhia. A relação entre a dívida líquida e o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) subiu de 3 vezes para 3,9 vezes nos últimos 12 meses.
Aliás, após o aumento de capital a Oncoclínicas informou que espera encerrar o ano com um nível de alavancagem de 2 vezes.