Destaques da Bolsa

Oncoclínicas cai mais de 7% na B3 após Citi rebaixar recomendação das ações para neutro 

17 set 2024, 14:04 - atualizado em 17 set 2024, 17:31

As  Oncoclínicas (ONCO3) voltaram a ganhar destaque na B3. Os papéis da companhia operaram entre as maiores perdas da bolsa brasileira nesta terça-feira (17). 

Durante a manhã, ONCO3 registrou a cotação mínima intradia a R$ 5,35 (-11,28%). Os papéis reduziram as perdas ao longo da sessão e fecharam em baixa de 7,13%, a R$ 5,60 na B3. Acompanhe o Tempo Real. 



A forte queda das ações acontece após o Citi rebaixar a recomendação de compra para neutro/alto risco. 

O banco também reduziu o preço-alvo para os papéis da companhia de saúde de R$ 9,00 para R$ 7,00 – o que representa um potencial de valorização de 16% em relação ao preço de fechamento da última segunda-feira (16). 

Os analistas do Citi afirmam que estiveram otimistas com a companhia há algum tempo, com uma visão positiva sobre os fundamentos sólidos de receita e oportunidades de eficiência. 

Contudo, o curto prazo continua a se mostrar “mais difícil do que se pensava inicialmente”, afirmam Leandro Bastos e Renan Prata, em relatório. 

Isso porque a combinação de crescimento mais fraco da receita, ventos contrários no capital de giro (WC, na sigla em inglês) e condições financeiras “apertadas” continuam a pesar no crescimento dos lucros e nas projeções de fluxo de caixa da Oncoclínicas. 

Com essa perspectiva, o Citi reduziu as estimativas de lucro em 45% para 2024 e em 19% para o ano seguinte. 

A revisão considera a projeção de aumento das despesas financeiras com as taxas de juros elevadas e que devem impactar no endividamento da companhia. 

O fluxo de caixa também continua sendo um foco de atenção. 

“Estimamos que a queima orgânica de caixa do fluxo de caixa livre para o acionista (FCFE) da empresa atingiu R$ 745 milhões nos últimos doze meses – aproximadamente 18% de seu valor de mercado”, escrevem os analistas. 

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ONCO3 está cara? 

Na avaliação do Citi, as ações da Oncoclínicas estão sendo negociadas a um múltiplo de 14x a relação de preço e lucro (P/L) para o final de 2025. 

O banco considera que valuation da companhia segue atraente a longo prazo, mas com baixa visibilidade nos retornos de alocação de capital. 

Os analistas também citam “a nova complexidade de governança” como um risco.

No início do mês, a Oncoclínicas informou a renúncia do vice-presidente Rodrigo Medeiros ao cargo

Na ocasião, a companhia disse que a posição de Medeiros foi extinta com a saída do executivo e todos os diretores passaram a responder ao presidente, Bruno Ferrari.

Jornalista formada pela PUC-SP. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.