Saúde

Ômicron é 4 vezes mais transmissível que delta, conclui estudo

09 dez 2021, 11:35 - atualizado em 09 dez 2021, 11:35
A Organização Mundial de Saúde Mundial alertou que a nova variante pode alimentar surtos com “consequências severas”

A variante ômicron da Covid-19 é 4,2 vezes mais transmissível no estágio inicial da doença do que a delta, de acordo com um estudo realizado por um cientista que assessora o Ministério da Saúde do Japão. A descoberta tende a confirmar os temores sobre o grau de contágio da nova cepa.

Hiroshi Nishiura, professor de saúde e ciências ambientais da Universidade de Kyoto e especialista em modelagem matemática de doenças infecciosas, analisou dados de genoma disponíveis até 26 de novembro na província de Gauteng, na África do Sul.

“A variante ômicron transmite mais e escapa mais da imunidade construída naturalmente e por meio de vacinas”, afirmou Nishiura na conclusão do estudo, apresentado durante uma reunião do painel consultivo do ministério na quarta-feira.

Há temores de que a ômicron cause um estrago ainda maior do que a delta ao redor do mundo. A Organização Mundial de Saúde Mundial alertou que a nova variante pode alimentar surtos com “consequências severas”.

No entanto, o salto no número de infecções na África do Sul após o surgimento da variante ainda não lotou os hospitais, motivando algum otimismo de que a ômicron cause principalmente casos leves.

Pfizer e BioNTec afirmaram esta semana que uma dose de reforço do imunizante fabricado pela dupla pode aumentar a proteção contra a variante.

O estudo de Nishiura não foi revisado por pares nem publicado em uma revista científica. A análise usou o mesmo método que o cientista aplicou em um estudo de julho publicado pela Eurosurveillance sobre a previsão de dominância da delta antes das Olimpíadas de Tóquio.

Centenas de pesquisadores em todo o mundo tentam acelerar o entendimento da ômicron, que é a mais diferenciada até agora entre as cinco variantes mais preocupantes identificadas pela OMS desde o início da pandemia.

O número de casos na África do Sul subiu rapidamente para perto de 20.000 por dia desde que o país relatou a descoberta há duas semanas.

O total de infecções pela Covid no país permanecia baixo nas semanas anteriores, apesar de apenas 26% da população ter sido totalmente vacinada, de acordo com o Vaccine Tracker da Bloomberg.

“A taxa de vacinação era inferior a 30% e muitas pessoas provavelmente foram infectadas naturalmente”, disse Nishiura. “Nós precisamos prestar muita atenção às tendências futuras para ver se o mesmo acontecerá em países com elevada taxa de uso de vacinas mRNA.”

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