Omega reverte lucro e tem prejuízo de R$ 25,7 milhões, com impacto de inflação e despesas
A Omega Energia (OMGE3) registrou um prejuízo líquido de R$ 25,7 milhões no terceiro trimestre, resultado 169% inferior ao mesmo período do ano passado, quando a companhia teve lucro de R$ 37,6 milhões, segundo balanço divulgado nesta quinta-feira (4).
O desempenho é reflexo do aumento da inflação e dos indexadores nas despesas financeiras, embora a empresa ressalte que os impactos serão “mais do que compensados” em 2022 com a atualização monetária anual dos contratos de energia.
A companhia também cita eventos não recorrentes no período: R$ 13,8 milhões de custos e despesas, R$ 12,9 milhões de atualizações monetárias no passivo e R$ 14,4 milhões de redução na geração devido à indisponibilidade do Delta do Maranhão.
A Omega apresentou R$ 250 milhões em Ebitda (Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização), alta de 23%, enquanto a receita líquida totalizou R$ 454,9 milhões, 45% acima na base anual.
O resultado sobre o segundo trimestre foi 15% superior, “principalmente em razão de melhores condições climáticas nos ativos eólicos e solares da Omega, possibilitando um aumento na geração de energia”.
No terceiro trimestre deste ano, a Omega aumentou sua posição de caixa em R$ 1,4 milhões, totalizando R$ 1,045 bilhão. A companhia diz que a posição de caixa e os R$ 185,4 milhões gerados em caixa das operações permitiram que a companhia pagasse antecipadamente R$ 50 milhões do diferimento das aquisições de Assuruá 1 e 2.
O endividamento bruto consolidado da empresa totalizava R$ 5,6 bilhões ao final do período, em linha com o segundo trimestre. A aquisição do Complexo Chuí em novembro de 2020 explica o aumento do endividamento bruto em 24% na base anual, diz a Omega.
Veja o release de resultados da companhia: